Com a previsão de que o Comitê de Política Monetária (Copom) reduza a taxa básica de juros nesta quarta-feira (2/8), o debate sobre a Selic tem se intensificado.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, inseriu-se nessa conversa, oferecendo uma perspectiva sobre críticas recentes e o diálogo técnico versus político em relação à taxa de juros.
Fernando Haddad Responde às Críticas
Em resposta às críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Banco Central, Haddad defendeu a discussão sobre a Selic. Ele expressou: “há uma mania de dizer que quem diverge de você é político”.
E explicou: “Às vezes, as pessoas pensam que existe o político e o técnico. Então, vamos ser técnicos. Isso é uma meia verdade. Tecnicamente falando, você pode discutir.
Não é porque você está discutindo que não está sendo técnico”. Durante a live “Bom dia, ministro”, ele acrescentou: “Temos que parar um pouco com essa visão de que não é possível discutir tecnicamente [a taxa de juros].
Estamos falando de economia, não de física. Você tem uma situação em que a discussão é possível com base em indicadores. E a análise difere muitas vezes de um técnico para o outro”.
O Papel do Copom e a Autonomia do Banco Central
Haddad destacou que as decisões do Copom às vezes não são unânimes, mostrando que mesmo entre técnicos, divergências podem surgir.
Quanto à autonomia do Banco Central, o ministro assegurou que o governo sempre “defendeu as instituições e nunca pretendeu ofender as prerrogativas estabelecidas em lei”, sublinhando que isso não impede de “discutir” a Selic.