Recentemente, o Ibovespa tem passado por turbulências, retornando aos 116 mil pontos, seu menor nível desde 1984. As causas para essa queda são múltiplas, mas os olhos estão voltados para a China e seus recentes desafios econômicos.
A Economia Chinesa e Suas Oscilações
Recentemente, houve uma desaceleração notável na economia chinesa. Dados apontam que a produção industrial chinesa teve um aumento anual de 3,7% em julho, um número que fica abaixo das expectativas do mercado. A causa? “A demanda doméstica e externa mais fraca tem pesado sobre estes números.”
A decepção continua com as vendas no varejo, crescendo apenas 2,5% ano a ano, um número que fica aquém da alta anterior de 3,1% e bem abaixo das projeções da Bloomberg de 4%.
Medidas de Intervenção na China
Em resposta aos indicadores desfavoráveis, o Banco Central da China tomou medidas, reduzindo suas taxas de juros. Contudo, alguns analistas acreditam que a medida pode não ser suficiente, principalmente considerando que os preços de moradias novas caíram em julho pela primeira vez no ano.
Incertezas no Setor Imobiliário Chinês
A desaceleração também é evidente no setor imobiliário chinês. O investimento imobiliário diminuiu pelo 17º mês seguido. Como resultado, o Barclays fez um reajuste em suas projeções, reduzindo sua expectativa de crescimento do PIB chinês para 2023 para 4,5%.
As consequências são palpáveis, com empresas como a Zhongrong International Trust enfrentando problemas financeiros, refletindo a vulnerabilidade do setor imobiliário chinês.
A situação é resumida pela Ágora Investimentos: “a fraqueza da economia chinesa não é um bom presságio para commodities de forma geral.”
Perspectivas para o Mercado Brasileiro
No Brasil, o cenário econômico global tem influência direta. Apesar das incertezas, há uma esperança ligada à política de juros. Muitos no mercado financeiro acreditam que a virada ocorrerá quando o Banco Central brasileiro decidir reduzir a taxa Selic.