Após um follow-on que gerou resultados abaixo das expectativas, o Grupo Casas Bahia está determinado a retomar sua posição no mercado de varejo.
A empresa está implementando uma série de iniciativas para fortalecer sua marca e se concentrar em áreas de negócio historicamente lucrativas, como móveis e eletroeletrônicos.
O CEO da empresa, Renato Franklin, acredita que essas ações são essenciais para enfrentar os desafios financeiros e reconquistar a confiança do mercado.
Reconstrução da Identidade da Casas Bahia
A Casas Bahia está empenhada em revitalizar sua marca e sua identidade. Depois de mudar seu nome de Via para Grupo Casas Bahia, a varejista anunciou a reintrodução de seu famoso slogan:
“Dedicação total a você”. Além disso, trouxe de volta o conhecido garoto-propaganda, Fabiano Augusto, famoso pelo bordão “Quer pagar quanto?”. Essas medidas visam reforçar a conexão emocional com os consumidores e fortalecer a presença da marca no mercado.
Investimentos em Tecnologia para Redução de Custos de Marketing
Para otimizar os gastos com marketing, a Casas Bahia está investindo em tecnologia de Inteligência Artificial. Essa abordagem permitirá uma redução significativa de aproximadamente R$ 200 milhões por ano nos custos de campanhas de marketing.
A automação e a análise de dados proporcionadas pela Inteligência Artificial tornarão as campanhas mais eficazes e econômicas.
Ênfase nas Áreas de Maior Rentabilidade
A estratégia da Casas Bahia inclui um foco renovado em áreas de negócio historicamente lucrativas, como móveis e linha branca. Nessas categorias, a empresa detém uma posição de liderança e pode oferecer descontos atrativos, resultando em margens brutas mais elevadas.
A ideia é alocar recursos de forma mais eficiente, encerrando operações menos rentáveis e concentrando-se nas áreas de maior potencial.
Desafios Financeiros e Reestruturação de Capital
A empresa enfrenta desafios significativos relacionados à sua estrutura de capital, com 66% de sua dívida concentrada no curto prazo e operando com prejuízo.
Para lidar com essa situação, a Casas Bahia está correndo contra o tempo para reduzir custos, melhorar o caixa e reconquistar a confiança do mercado. O follow-on recente levantou R$ 622 milhões, abaixo das expectativas, o que gerou desconfiança entre os investidores.
Perspectivas de Recuperação
Apesar das dificuldades após a operação de follow-on, o CEO Renato Franklin acredita que o plano anunciado será capaz de reverter a situação nos próximos dois anos.
Nesse período, a empresa espera retomar o crescimento e melhorar suas margens de lucro.
A estratégia envolve a venda de 100 lojas menos rentáveis, a monetização de parte do crédito tributário e a redução de estoques, com um potencial de levantar cerca de R$ 1 bilhão. Além disso, há a possibilidade de uma nova oferta de ações no valor de R$ 500 milhões.