O ícone do futebol, Ronaldinho Gaúcho, e seu irmão, Roberto de Assis Moreira, encontram-se no centro de um inquérito intenso conduzido pela CPI encarregada de desvendar esquemas de pirâmides financeiras no país.
As alegações apontam para a promoção e possível envolvimento dos dois na iniciativa chamada 18k Ronaldinho. Esta operação garantia impressionantes retornos financeiros, com promessas de até 400% de lucro por ano com base em ativos digitais.
No entanto, essa promessa falhou, deixando muitos investidores desamparados. A preocupação é tão profunda que “O COAF foi solicitado a apresentar detalhes sobre as transações financeiras dessas personalidades”, observou o deputado Ricardo Silva.
Embora ambos, Ronaldinho e Roberto, tenham se distanciado das alegações em depoimentos anteriores, é inegável a presença publicitária do ex-jogador nas campanhas da 18k Ronaldinho.
Mais Suspeitos no Radar da CPI
A abrangência das investigações vai além do envolvimento potencial de Ronaldinho e seu irmão. Marcelo Lara Marcelino, reconhecido como uma das principais engrenagens da 18k, também enfrenta o olhar minucioso da CPI, assim como diversos outros colaboradores e associados dessa empresa.
Além disso, a comissão ampliou o espectro de sua investigação, analisando outros atores significativos no mercado. Um desses focos é a agência de viagens 123Milhas.
Recentemente, essa agência chamou a atenção ao suspender suas campanhas promocionais, gerando questionamentos. O propósito desse aprofundamento investigativo é não apenas entender as razões por trás dessa decisão, mas também discernir se há algum envolvimento com atividades ilícitas.
Adicionalmente, o painel também está em busca de informações detalhadas sobre empresas aéreas que podem ter se associado a esses esquemas ou adotado práticas comerciais duvidosas.
Amplitude das Investigações da Comissão sobre Fraudes Financeiras
Desde sua instauração em junho, sob o firme comando do deputado Aureo Ribeiro, a CPI se estabeleceu com uma meta precisa: desvelar e desarticular esquemas fraudulentos que, frequentemente, se escondem atrás do apelo sedutor das criptomoedas.
A magnitude das investigações é notavelmente extensa, abordando vários níveis de operações suspeitas. Não é apenas o nome do aclamado ex-jogador Ronaldinho que está em cheque.
Há vários outros esquemas e empresas sob o microscópio da comissão. Um exemplo notório é o da Atlas Quantum. Esta operação, que chamou a atenção por sua envergadura, está associada a impressionantes R$ 7 bilhões em prejuízos.
Paralelamente, a Genbit também está na mira da CPI. Segundo dados revelados pelo Ministério Público de São Paulo, esta última pode ter orquestrado um esquema que afetou adversamente a vida financeira de aproximadamente 45 mil investidores.