Um projeto inovador está ganhando força no cenário corporativo brasileiro, oferecendo aos funcionários uma semana de trabalho mais curta, sem afetar a produtividade.
Vinte empresas no Brasil estão participando deste projeto-piloto, que começou recentemente e continuará até dezembro, período destinado ao planejamento da implementação. Vamos explorar essa iniciativa sob diferentes perspectivas.
Origens do Projeto: Inspirado pela Nova Zelândia
A ideia de uma semana de trabalho mais curta teve origem na Nova Zelândia em 2019. Desde então, o conceito se espalhou por diversos países, graças ao movimento “4-Day Week Global.” No Brasil, a iniciativa conta com o apoio da “Reconnect Happiness at Work.”
Modelo 100-80-100: Trabalhar Menos, Produzir Mais
Nesse novo modelo de trabalho, os colaboradores continuam recebendo 100% de seus salários, mas trabalham apenas 80% do tempo. A proposta é manter 100% de produtividade. Essa abordagem é conhecida como o modelo “100-80-100.”
Planejamento Essencial: O Caminho Até a Implementação
Antes de colocar a semana de trabalho de quatro dias em prática, as empresas envolvidas precisam tomar várias decisões cruciais:
- Implementação Parcial ou Total: Elas devem decidir se o novo modelo será adotado em todos os departamentos ou apenas parcialmente.
- Escolha dos Dias de Folga: Determinar quais dias da semana serão designados como folgas para os colaboradores.
- Comunicação e Transparência: É fundamental comunicar a mudança aos clientes e partes interessadas e manter total transparência durante o processo.
- Apoio à Pesquisa: As empresas devem se comprometer a participar de pesquisas quantitativas e qualitativas conduzidas por universidades parceiras.
Abordagens Diversificadas na Implementação
As empresas estão adotando diferentes estratégias para incorporar a semana de trabalho de quatro dias:
- Clementino & Teixeira Advocacia: Esta empresa planeja adotar o novo modelo em toda a organização, com folgas parciais em duas manhãs e duas tardes durante a semana.
- GR Assessoria Contábil: Também optou por implementar o programa em toda a empresa, com folgas planejadas para segundas e sextas-feiras.
- Inspira Legal: Criadora de uma plataforma de tecnologia para o setor jurídico, esta empresa planeja envolver seus 20 colaboradores no sistema, embora o dia da folga ainda esteja sendo decidido.
- Innuvem: Uma empresa de soluções em cloud computing, deixará a escolha dos dias de folga para os colaboradores e suas equipes, garantindo que haja sempre alguém disponível para atender às demandas.
- Rede Alimentare: Uma empresa de alimentação coletiva planeja iniciar a implementação nos departamentos administrativos antes de expandir para o setor operacional.
- Oxygen: Um hub de conteúdo de inovação e tendências já começou a explorar a semana de quatro dias desde julho, buscando produtividade.
- Editora Mol: Optou por começar pelo departamento operacional e avaliará a expansão com base nos resultados.
- Haze Shift: Uma consultoria que foca no planejamento e na gestão do tempo para uma implementação bem-sucedida.
- Brasil dos Parafusos: A implementação será integral, beneficiando todos os setores da empresa.
- Thanks for Sharing: Uma empresa de audiovisual adotará uma abordagem integral com todos os departamentos, investindo na preparação, pesquisa e revisão de processos e comunicação.
Bons Resultados
Algumas empresas já colhem benefícios positivos da implementação da semana de quatro dias:
A Vockan, uma empresa de programas de gestão, relata um aumento de 43% na felicidade dos colaboradores e uma redução significativa na rotatividade de pessoal. Os funcionários da Vockan relatam ter mais tempo para suas famílias e atividades pessoais.
Aumento da produtividade e melhoria na qualidade de vida são alguns dos benefícios relatados pelos participantes do projeto.
Essas empresas estão explorando novas maneiras de equilibrar a vida profissional e