Um marco se estabelece na história da Petrobras: uma nova licença ambiental, específica para a busca de petróleo na Bacia Potiguar, no Rio Grande do Norte.
Essa informação, vinda diretamente do Ministério de Minas e Energia, ressoou por todo o país, sendo veiculada pelo Estadão/Broadcast.
Iniciativas Inovadoras na Margem Equatorial
Esta recente aprovação do Ibama não é uma mera formalidade. Representa o pontapé inicial da atual gestão da Petrobras em uma região inexplorada: a Margem Equatorial. O objetivo primordial? Potencializar e renovar as fontes de petróleo.
“Confirmadas as potencialidades a partir da pesquisa, teremos a garantia de mais recursos para Saúde, Educação e desenvolvimento da região por meio do Fundo Social”, relembrou o Ministro Alexandre Silveira, salientando a relevância da iniciativa.
Foco nos Blocos Estratégicos
Com a licença em mãos, a Petrobras volta seus olhos para dois blocos estratégicos: BM-POT-17 e POT-762. Essas áreas, adquiridas em momentos diferentes (2006 e 2018) através de rodadas da ANP, têm potencial significativo.
Notadamente, o poço Pitu, localizado no primeiro bloco, já foi mencionado como uma rota alternativa após empecilhos com o Ibama em relação ao Amapá.
Expectativas e Horizontes na Exploração
Jean Paul Prates, atual comandante da Petrobras, em uma previsão recente, antecipou a obtenção dessa licença ainda para outubro.
Já Silveira destacou uma informação promissora: projeções internas da Petrobras apontam uma rica reserva de 5,6 bilhões de barris de óleo em apenas um dos blocos.
Navegando Entre Interesses Ambientais e Econômicos
A ambição de expandir operações na Margem Equatorial gerou intenso debate no seio do governo. A questão central está atrelada à Avaliação Ambiental de Área Sedimentar (AAAS), especialmente no contexto da bacia do Amazonas.
Vale ressaltar que a AAAS é um procedimento preliminar que determina a viabilidade de áreas para leilões. Segundo diretrizes de 2012, a competência por essa avaliação recai sobre o MME e o Ministério do Meio Ambiente. Contudo, dada a morosidade desse processo, muitos leilões têm sido autorizados com base em avaliações menos detalhadas.
No centro desse impasse, a Casa Civil tem agido como mediadora, buscando uma solução consensual.
Silveira demonstra otimismo, acreditando que a recente licença permitirá ao Ibama direcionar melhor seus esforços, focando nas exigências de estudos na região da Margem Equatorial, abrangendo também áreas no Amapá.