Mercado segue preocupado com dados fortes na maior economia do mundo. Bolsas nos EUA despencam com novas altas nos títulos Americanos. As autoridades do FED seguem falando que o juro alto é necessário e o temor de uma recessao aumenta. Confira o que os analistas estão pensando.
Ductor Marcus
Ao analisar o gráfico do IBOV dolarizado com um pouco de sensatez, é possível perceber que nossa bolsa não está indo a lugar algum. Aqueles que ganham dinheiro são os que compram na baixa e vendem na alta, enquanto os que depositam muita esperança em algo que parece estar preso em um ciclo infinito tendem a perder dinheiro.
Neste gráfico, destaco duas linhas que representam zonas onde o IBOV dolarizado provavelmente permanecerá nos próximos anos. A zona retangular menor é a zona de suporte atual. Além disso, há outras três zonas retangulares denominadas da seguinte forma:
- “Zona dos Tolos” – o pior lugar para fazer compras.
- “Zona do Pago para Ver” – região do smart money, onde os investidores experientes atuam.
- “Zona do Easy Money” – o lugar mais fácil para obter bons retornos.
A impressão que temos é que estamos presos em um ciclo interminável, onde, no final das contas, tudo parece retornar ao mesmo lugar.
Há um investidor muito famoso que se tornou bilionário comprando ações brasileiras no início da bolsa brasileira. Imagine quanto ele teria de dinheiro se tivesse investido em ações dos EUA em vez de ativos brasileiros. De acordo com meus cálculos, ele teria facilmente 20 vezes mais dinheiro do que obteve investindo apenas no Brasil.
A vida continua, mas o IBOV continua como um cachorrão tentando morder o próprio rabo. (Ver a análise na íntegra).
Macd Bollinger
Setembro acabou de terminar, e não tivemos muitas emoções no cenário interno; passamos por uma correção de rotina. Já no cenário externo, as coisas foram um pouco diferentes, e experimentamos algumas emoções.
No exterior, alguns fatores emocionais foram postos à mesa, e dentre os principais destaco o FED, que manteve a taxa de juros inalterada na faixa de 5,25% a 5,50%, tudo isso para controlar a inflação persistente. A manutenção da taxa contribui fortemente para aqueles que detêm títulos da dívida americana.
Iniciando pelo gráfico mensal, percebo que a tendência de alta está perdendo força. Apesar da perda de força, o índice praticamente encerrou o mês com uma variação mínima de -0,23% em comparação com agosto (-4,20%). Uma faixa de preços que pode segurar o índice é os 113K.
No gráfico semanal, a tendência predominante é de baixa. Ainda estamos trabalhando dentro do pivô de baixa deste “time frame”, e 113K é um ponto de suporte. A média longa está logo abaixo e também serve como um importante ponto de suporte.
Indo para o gráfico diário, temos um movimento de alta em andamento, mas uma resistência é encontrada logo acima, na região de 117,9K. Se os touros quiserem reverter a tendência de baixa no gráfico de médio prazo, é aconselhável agir rapidamente, caso contrário, essa tendência de baixa pode contaminar o gráfico de longo prazo. Há um suporte logo abaixo, representado pela média longa. (Ver o gráfico dinâmico).
Rangel
Atualmente, a tendência é de baixa até que se prove o contrário, o que significaria a formação de um fundo ascendente acima dos 4350. O preço perdeu o suporte dos 4350, fez um pullback e enfrentou rejeição, indicando que o antigo suporte agora atua como resistência a curto prazo.
O preço parece destinado a criar um novo fundo ainda mais com empresas do setor industrial (Dow Futuros), a menos que consiga recuperar a região dos 4350. O próximo suporte significativo está por volta dos 4200, onde existe um ponto de inflexão importante no gráfico semanal, além da MA200 no gráfico diário, considerada como “suporte dinâmico anual”.
Se o preço conseguir retornar acima dos 4350 com um impulso comprador, isso pode gerar um sentimento mais otimista no curto prazo e resultar no fechamento rápido de uma lacuna evidente em 4405. (Ver mais sobre índices).
Disclaimer: As análises aqui apresentadas são apenas estudos. Elas não são recomendações de investimento, nem de compra nem de venda, tampouco refletem a opinião do veículo de mídia na qual estão sendo divulgadas. São estudos direcionados a pessoas com conhecimento e experiência no mercado financeiro.
Nossos Autores: Ductor Marcus, MACD_Bollinger e Rangel.