Os usuários do transporte público de São Paulo enfrentam dificuldades continuadas com a Linha 9 – Esmeralda, agora sob gestão da Via Mobilidade.
Esta quarta-feira em particular evidencia a tensão, especialmente quando se considera o pano de fundo de recentes manifestações contrárias à privatização dos sistemas ferroviários.
Enquanto a maioria das linhas, administradas pelo Metrô e CPTM, conseguiram retomar suas operações normalmente após os protestos, a Linha 9 segue problemática.
Como resposta à situação caótica, a Via Mobilidade tomou medidas emergenciais, disponibilizando 70 ônibus adicionais do Plano de Apoio entre Empresas em Situação de Emergência (Paese).
Estes veículos têm o objetivo de minimizar o impacto das interrupções e proporcionar algum alívio para os passageiros afetados durante este período tumultuado.
No tocante à solução, a concessionária enfatizou: “Com equipes especializadas e um total de 70 profissionais em campo, nosso objetivo é restabelecer a normalidade dos serviços o mais breve possível”.
Origem dos Problemas Recentes
Os problemas da terça-feira, dia 3, começaram com uma interrupção elétrica por volta das 14h. Este incidente causou grandes transtornos aos moradores da cidade, agravados pela coincidência com a paralisação de várias outras linhas. Para muitos na Linha 9, a situação tornou-se inusitada, sendo necessário percorrer os trilhos a pé.
Na movimentada Estação Pinheiros, o transtorno perdurou até o final da noite. Ariane de Nascimento, uma das passageiras afetadas, expressou sua preocupação e frustração: “Estamos no escuro quanto a possíveis danos na infraestrutura. A informação não está chegando até nós”.
Veroneide Rodrigues e algumas de suas amigas escolheram um caminho alternativo para contornar a situação. Ela relembrou: “Decidimos fazer a caminhada entre as estações Cidade Jardim e Pinheiros. Foi uma jornada arriscada, especialmente devido à lotação dos ônibus de emergência do Paese”.
Reações à Privatização
No meio deste cenário desafiador, o governador Tarcísio de Freitas não hesitou em comentar a situação, fazendo questão de ressaltar o desempenho das linhas privatizadas em relação às públicas.
“Vejamos quais linhas estão operacionais: aquelas sob responsabilidade do setor privado. Então, o protesto é contra o modelo de privatização, correto?” questionou.
Comparação de Performance Antes e Depois da Transição
Uma análise reveladora mostra que, desde que a Via Mobilidade assumiu a gestão da Linha 9, os desafios operacionais tornaram-se mais frequentes.
Comparativamente, a linha experimentou um aumento de contratempos em relação ao período em que era gerida pela CPTM, uma empresa estatal.