“Mughrabi” é uma expressão árabe que se refere a uma área específica na cidade velha de Jerusalém, onde está localizada a entrada para o Monte do Templo. O termo é frequentemente usado para se referir à rampa que conduz ao Portão de Mughrabi, que é a entrada principal para o complexo do Monte do Templo.
A rampa de Mughrabi é uma parte importante da história e cultura de Jerusalém, além de ser um local de grande importância religiosa. A rampa foi construída na década de 1970, substituindo a entrada original que foi destruída durante a Guerra dos Seis Dias em 1967.
A área de Mughrabi tem sido um ponto de disputa entre os grupos religiosos e políticos, já que é um local sagrado para muçulmanos, judeus e cristãos. A entrada para o Monte do Templo é controlada pela Jordânia, mas Israel é responsável pela segurança na área.
Devido à sua importância histórica e religiosa, a área de Mughrabi é frequentemente palco de tensões e conflitos. A questão do controle e acesso ao Monte do Templo tem sido uma fonte constante de conflito entre israelenses e palestinos, com várias tentativas de realizar alterações ou construções na área sendo contestadas por ambas as partes.
Apesar das tensões, Mughrabi continua a ser um local sagrado para muitas pessoas e um importante símbolo da rica história e tradições de Jerusalém. A área atrai visitantes de todo o mundo, que vêm explorar a beleza arquitetônica e o significado espiritual dessa parte única da cidade velha.
Segundo informações das autoridades de Gaza, um ataque aéreo israelense resultou em um trágico incidente em um hospital no enclave palestino nesta terça-feira, resultando na morte de aproximadamente 500 pessoas. No entanto, Israel contesta essa versão, afirmando que a explosão foi causada por um foguete palestino.
Os protestos em Gaza durante a violência recente foram desencadeados pela quantidade alarmante de mortes registradas, superando todos os incidentes anteriores na região. Além disso, manifestações também ocorreram na Cisjordânia ocupada, em Istambul e em Amã.
A ministra da Saúde da Autoridade Palestina, Mai Alkaila, denunciou o ataque ao hospital Al-Ahli al-Arabi, descrevendo-o como um massacre. Durante a ofensiva de bombardeios de 11 dias em Gaza, promovida por Israel, centenas de pessoas perderam a vida neste incidente.
Um oficial da defesa civil de Gaza divulgou anteriormente que 300 pessoas tinham sido mortas, enquanto um representante do Ministério da Saúde afirmou que esse número era de 500. O Hamas, por sua vez, afirmou que a explosão resultou principalmente na morte de pessoas desabrigadas.
Benjamin Netanyahu, o primeiro-ministro de Israel, afirmou que o hospital de Gaza foi atacado por “terroristas bárbaros” vindos de Gaza e não pelo exército israelense.
O tenente-coronel Jonathan Conricus, porta-voz das forças militares de Israel, informou à CNN que o exército interceptou uma conversa em que militantes palestinos admitiam ter cometido um erro de disparo. Conricus revelou ainda que as forças militares irão divulgar uma gravação dessa conversa.
A Jihad Islâmica rejeitou qualquer envolvimento de seus foguetes na explosão do hospital, afirmando que não havia nenhuma atividade na Cidade de Gaza ou em suas proximidades naquele momento. A organização, que recebe apoio do Irã, participou do ataque liderado pelo Hamas em Israel no dia 7 de outubro e, assim como o Hamas, lançou vários foguetes contra o país.
No dia anterior à visita do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, a Israel, as notícias sobre o ataque no hospital e o elevado número de mortos causaram a condenação de várias nações. Tanto a Rússia quanto os Emirados Árabes Unidos solicitaram uma reunião do Conselho de Segurança da ONU e também ocorreram confrontos na Cisjordânia.
O presidente Biden expressou seu pesar diante do ataque e afirmou que deu instruções à sua equipe de segurança nacional para obter informações detalhadas sobre os eventos ocorridos.
“Estou extremamente consternado e com grande tristeza diante da explosão que ocorreu no hospital Al Ahli Arab, em Gaza, e das trágicas perdas de vidas que resultaram disso”, disse Biden.
Hoje pela manhã, a Organização das Nações Unidas (ONU) informou que um ataque realizado por Israel atingiu uma de suas escolas, onde cerca de 4.000 pessoas estavam abrigadas. De acordo com a agência, o ataque resultou na morte de seis pessoas e deixou dezenas de feridos. As Forças Armadas de Israel afirmaram que estão investigando esse relato.
De acordo com os relatórios das autoridades de saúde de Gaza, até o incidente ocorrido na terça-feira, aproximadamente 3.000 pessoas perderam suas vidas durante os 11 dias de bombardeios israelenses. Esses ataques começaram depois que militantes do Hamas invadiram cidades israelenses em 7 de outubro e resultaram na morte de mais de 1.300 militares e civis.
Pessoas sem-teto que tentam escapar dos ataques aéreos israelenses se reúnem nos hospitais, buscando abrigo próximo a eles com a esperança de aumentarem sua segurança.
Na recente semana, Israel emitiu uma ordem para que os residentes da metade norte da Faixa de Gaza, uma região de apenas 45 km de comprimento que abriga cerca de 2,3 milhões de pessoas, evacuassem seus lares e se deslocassem para o sul.
Apesar das expectativas de uma possível ofensiva terrestre de Israel, ataques aéreos continuaram a atingir alvos em todo o enclave. Surpreendentemente, algumas pessoas deslocadas já começaram a retornar para o norte.
A Organização Mundial da Saúde expressou que o ataque ao hospital foi de uma magnitude sem precedentes. Em comunicado divulgado nesta terça-feira, a organização relatou que até o momento houve 115 ataques a instalações de saúde em Gaza, resultando na incapacidade de funcionamento da maioria dos hospitais.
Diversos países, incluindo Canadá, Egito, Turquia, Jordânia e Catar, expressaram sua condenação ao recente ataque ao hospital.
Na região da Cisjordânia, onde está localizada a Autoridade Palestina, um órgão reconhecido internacionalmente, ocorreram confrontos entre manifestantes palestinos e as forças de segurança palestinas. Para dispersar os manifestantes, foram utilizados disparos de gás lacrimogêneo. Em decorrência da situação, o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, decidiu cancelar uma reunião que estava agendada com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.
Uma reportagem escrita por Moaz Abd-Alaziz, Nidal al Maghrabi e Ali Sawafta.