O governo está se preparando para lançar um novo mecanismo que facilitará investimentos estrangeiros no Brasil, ao fornecer proteção contra flutuações cambiais. Segundo o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, essa medida reforça a posição do país na agenda verde global e está programada para ser implementada ainda este ano.
Na quarta-feira, em uma entrevista à Reuters, o ministro disse que a criação do novo mecanismo de “hedge” será aprovada nos próximos 60 dias pelo Conselho Monetário Nacional ou pelo Banco Central, sem a necessidade de aprovação do Congresso.
“De acordo com o presidente, não apenas temos uma grande quantidade de reservas internacionais, atualmente no valor de 340 bilhões de dólares, o que nos torna credores líquidos em moeda estrangeira. Além disso, com os instrumentos que estão sendo criados e em breve anunciados, seremos capazes de proteger nossa economia contra flutuações súbitas no câmbio.”
No Brasil, atualmente, os investidores que têm projetos de longo prazo e estão expostos a moedas estrangeiras precisam pagar impostos sobre a valorização cambial ao longo da duração do projeto. No entanto, existe uma proposta para reduzir esse custo por meio do uso de hedge.
O Banco Central tem destacado ao longo do tempo a falta de um mecanismo de proteção como um obstáculo significativo, o qual desencoraja investidores estrangeiros devido aos riscos cambiais que podem afetar negativamente a rentabilidade dos projetos.
“Estou convicto de que o projeto será concluído em breve, caso contrário, não o mencionaria. Acredito firmemente que será finalizado ainda este ano”, declarou o ministro, enfatizando que a principal meta da medida é atrair investimentos sustentáveis.”
Em meio a um contexto de instabilidade econômica global, tem sido observada uma redução nos investimentos estrangeiros, o que motivou a implementação de uma iniciativa para reverter essa tendência. Os dados mais recentes do Banco Central indicam que, de janeiro a agosto deste ano, os investimentos diretos no país (IDP) sofreram uma queda de 36% em relação ao mesmo período em 2022, totalizando 37,9 bilhões de dólares.
Uma pessoa bem informada sobre as discussões revelou que o propósito do instrumento é abordar uma lacuna no mercado, pois atualmente não há opções de proteção disponíveis para projetos de longo prazo, o que coloca em risco a viabilidade desses empreendimentos.
O governo de Luiz Inácio Lula da Silva está implementando uma série de medidas com o objetivo de atrair investimentos sustentáveis para o Brasil. Além disso, em fóruns internacionais, o governo destaca o fato de que o país já possui uma base de produção apoiada em fontes de energia renovável.
Essas iniciativas demonstram o compromisso do governo brasileiro com a preservação ambiental e o desenvolvimento sustentável. Ao buscar investimentos verdes, o Brasil está promovendo a transição para uma economia mais limpa e resiliente, impulsionando o crescimento econômico de forma sustentável.
Para tanto, o governo tem implementado políticas e programas que incentivam o uso de energias renováveis, como a eólica e a solar, estimulando o investimento em projetos voltados para essas fontes de energia. Além disso, o governo busca incentivar a adoção de práticas sustentáveis nas empresas e indústrias, promovendo a redução das emissões de gases de efeito estufa e a conservação dos recursos naturais.
Essas ações têm sido apresentadas pelo governo brasileiro em fóruns internacionais, como uma forma de destacar o compromisso do país em combater as mudanças climáticas e alcançar metas relacionadas à redução das emissões de gases de efeito estufa. Esses esforços têm sido amplamente reconhecidos e têm contribuído para posicionar o Brasil como uma nação comprometida com a agenda ambiental global.
É importante ressaltar que a busca por investimentos verdes não apenas fortalece a economia, mas também traz benefícios sociais e ambientais. Os investimentos em energias renováveis, por exemplo, geram empregos e promovem o desenvolvimento sustentável das regiões onde são implantados.
Além disso, a produção sustentável de energia contribui para a redução da dependência de fontes não renováveis, como os combustíveis fósseis, e para a preservação dos ecossistemas e da biodiversidade.
Diante disso, é louvável o esforço do governo brasileiro em buscar investimentos verdes e destacar a base de produção sustentável do país. Ações como essa são fundamentais para impulsionar a transição para uma economia mais verde e promover um desenvolvimento sustentável para as presentes e futuras gerações.
Em sua análise, Haddad acredita que, comparado a outros países, o Brasil possui poucos concorrentes capazes de atrair recursos para investimentos e que também possuem uma matriz energética limpa.