O Santander Brasil divulgou hoje que registrou um lucro líquido recorrente de 2,73 bilhões de reais no terceiro trimestre deste ano. Esse valor representa uma queda em relação aos 3,1 bilhões de reais obtidos no mesmo período do ano anterior.
De acordo com os dados da LSEG, os analistas tinham em média a expectativa de que o banco de origem espanhola alcançasse um resultado líquido recorrente de 2,75 bilhões de reais durante o trimestre que compreende os meses de julho a setembro.
No terceiro trimestre deste ano, a margem financeira bruta de um banco, que é o lucro obtido com a diferença entre os juros cobrados dos clientes e o custo de captação dos recursos, alcançou 13,4 bilhões de reais.
Esse valor é superior aos 12,6 bilhões de reais registrados no mesmo período de 2022. No entanto, em comparação com o segundo trimestre deste ano, houve uma retração de 1,2% nesse indicador, de acordo com o balanço divulgado nesta quarta-feira.
Durante uma conferência sobre os resultados do Santander, o presidente-executivo da instituição, Hector Grisi, expressou sua expectativa de que a margem financeira da filial brasileira do banco melhore no trimestre atual em comparação com o terceiro trimestre.
O Santander Brasil continua adotando sua estratégia recente de ser mais criterioso ao conceder crédito, dando prioridade a produtos que possuam garantias e a clientes de menor risco.
De acordo com o banco, a queda de 1,2% na margem financeira no trimestre foi resultado da seletividade nas operações.
No entanto, o Santander Brasil teve um crescimento nos volumes e um desempenho positivo na margem de passivos, o que indica uma perspectiva favorável para os próximos trimestres, afirmou o vice-presidente financeiro do banco, Gustavo Alejo, no balanço.
O Santander Brasil anunciou que obteve uma rentabilidade sobre o patrimônio líquido médio anualizada (ROAE) de 13,1%, ficando ligeiramente abaixo das expectativas do mercado de 13,2%. Embora tenha havido uma queda em relação ao mesmo período do ano passado (15,6%), o desempenho é melhor do que o reportado no segundo trimestre de 2022 (11,2%).
No período, a despesa com provisão para inadimplência totalizou 5,62 bilhões de reais, registrando uma redução de 6% em relação ao segundo trimestre.
As despesas gerais se mantiveram praticamente estáveis, com apenas uma leve variação positiva de 0,9% em relação ao segundo trimestre, totalizando cerca de 6 bilhões de reais. No entanto, elas continuam em um nível mais alto do que no mesmo período do ano anterior, quando as despesas totalizaram 5,69 bilhões de reais.
No último trimestre, o Santander Brasil registrou uma taxa de inadimplência de 3% em suas operações de crédito vencidas há mais de 90 dias. Esse índice é mais baixo do que os 3,3% registrados no segundo trimestre do ano e permanece estável em relação ao mesmo período do ano anterior.
Além disso, os indicadores de inadimplência futura também apresentaram uma queda, com o índice de operações vencidas entre 15 e 90 dias diminuindo de 4,2% para 4%.
No final de setembro, a carteira de crédito expandida atingiu a marca de 625,49 bilhões de reais. Esse valor representa um leve avanço de 1,3% em relação ao trimestre anterior e está acima dos 565,91 bilhões registrados no mesmo período do ano passado.