Na quinta-feira, o dólar permaneceu estável em relação ao real, enquanto os investidores analisavam os dados de atividade econômica melhores do que o esperado nos Estados Unidos e uma inflação mais baixa no Brasil. Além disso, também foram observados sinais de progresso na implementação da agenda do governo no Congresso.
No momento, às 10:21 (horário de Brasília), o dólar está com uma leve alta de 0,01% em relação ao real, sendo negociado a 5,0025 reais.
Às 10:21 (horário de Brasília) na B3, o contrato de dólar futuro com vencimento mais próximo registrou um aumento de 0,12%, atingindo o valor de 5,0045 reais.
No terceiro trimestre, a economia dos Estados Unidos registrou um crescimento significativo, o maior em quase dois anos. Esse desempenho positivo foi impulsionado por salários mais altos em um mercado de trabalho competitivo, o que levou a um aumento nos gastos dos consumidores. Esses resultados desafiam os alertas contínuos sobre uma possível recessão, que persistem desde 2022.
De acordo com o escritório de análises econômicas do Departamento de Comércio, o Produto Interno Bruto (PIB) registrou um crescimento anualizado de 4,9% no terceiro trimestre, o que representa a maior alta desde o quarto trimestre de 2021. Essa informação foi divulgada em sua estimativa preliminar para o período. Antecipadamente, economistas consultados pela Reuters esperavam um crescimento do PIB a uma taxa de 4,3%.
“O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos é impulsionado principalmente pela forte demanda dos consumidores, que tem constantemente superado as estimativas dos analistas. Isso demonstra ao Federal Reserve que a atividade econômica no país continua robusta, mesmo após um longo período de aumento nas taxas de juros”, afirmou Leonel Mattos, analista de inteligência de mercados da StoneX.
Após a divulgação do PIB dos EUA, o índice do dólar registrou um leve aumento em relação a uma cesta de moedas fortes. No entanto, os dados não causaram impacto suficiente para alterar a visão dos operadores, que acreditam que o Federal Reserve (Fed) manterá as taxas de juros inalteradas em sua próxima reunião.
“É importante mencionar também a divulgação do IPCA-15 no Brasil, que trouxe notícias positivas sobre a inflação”, comentou Mattos. ”
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) teve um aumento de 0,21% neste mês, desacelerando em relação ao aumento de 0,35% registrado em setembro e ficando próximo da expectativa de alta de 0,20% apontada em uma pesquisa da Reuters.
Após essa análise, reafirmou-se a perspectiva de que a possibilidade de o Banco Central aumentar os cortes na taxa básica de juros, conhecida como Selic, é bastante improvável. A maioria dos mercados ainda aposta em mais uma redução de 0,50 ponto percentual na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que ocorrerá nos dias 31 de outubro e 1° de novembro.
“As notícias na área política também têm sido favoráveis, já que o governo está avançando com sua agenda, o que diminui a preocupação com o risco fiscal”, comentou Lais Costa, analista da Empiricus Research. “O real está demonstrando uma resistência significativa em relação às outras moedas.”
O projeto de lei que trata da tributação de fundos exclusivos e offshore foi aprovado pelo plenário da Câmara dos Deputados na quarta-feira. Essa medida é de extrema importância para o governo, que está empenhado em cumprir sua meta fiscal até 2024 e tem acompanhado de perto o avanço desse projeto.
Houve um avanço na tramitação da reforma tributária, com a leitura do relatório do senador Eduardo Braga (MDB-AM) na Comissão de Constituição e Justiça. A expectativa é que o texto seja votado na CCJ em 7 de novembro.
Ontem, a cotação do dólar à vista encerrou o dia a 5,0018 reais na venda, registrando um aumento de 0,16%.