Os contratos futuros de milho nos Estados Unidos registraram sua maior queda em sete semanas na quarta-feira, devido ao progresso da colheita, que revelou rendimentos acima das expectativas, bem como melhoria das previsões climáticas nas regiões de cultivo da América do Sul.
Durante a sessão, observou-se um aumento modesto nos preços do trigo e da soja.
O preço do milho na bolsa de Chicago (CBOT) encerrou em baixa de 3,75 centavos, chegando a 4,75 dólares por bushel, atingindo o menor valor desde 19 de setembro.
O contrato de futuros de soja para o mês de Janeiro encerrou o dia com um aumento de 4,5 centavos, chegando a 13,15 dólares por bushel. Da mesma forma, o contrato de futuros de trigo para o mês de Dezembro também registrou uma alta de 5,5 centavos, atingindo o valor de 5,6175 dólares por bushel.
Após o encerramento das atividades do mercado, a corretora de commodities StoneX revisou para cima sua previsão de safra de milho nos EUA para 2023, estimando agora uma produção de 15,302 bilhões de bushels. Essa nova estimativa representa um aumento em relação à previsão anterior, que era de 15,282 bilhões de bushels.
Com o término iminente da colheita de milho e soja nos Estados Unidos, os traders do mercado estão agora direcionando sua atenção para as safras sul-americanas.
Segundo o analista Terry Reilly da Marex Capital, a situação climática no centro e norte do Brasil e, principalmente, na Argentina está melhorando. Especialmente, há previsão de aumento das chuvas após este fim de semana. Ele também ressaltou que a demanda de exportação para o milho dos Estados Unidos tem sido fraca.
Segundo o relatório mensal do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, a produção de soja atingiu a marca de 5,24 milhões de toneladas processadas em setembro deste ano.
A StoneX revisou sua previsão de produção de soja nos Estados Unidos para 4,162 bilhões de bushels, uma redução em relação aos 4,175 bilhões anteriores. Além disso, a empresa aumentou sua projeção para a safra de soja no Brasil em 2023/24 para 165 milhões de toneladas, em comparação com os 164,1 milhões anteriores.