Nesta quinta-feira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, expressou admiração pelo relatório da reforma tributária elaborado pelo senador Eduardo Braga (MDB-AM) e demonstrou otimismo em relação à possibilidade de o relatório obter uma “grande maioria” para que a proposta de emenda à Constituição (PEC) seja promulgada ainda neste ano.
“Estamos confiantes de que o relatório foi elaborado de forma adequada, que teremos uma maioria favorável no Senado e que será possível promulgar a emenda constitucional ainda este ano”, declarou Haddad aos jornalistas após sua reunião com Braga.
Segundo o ministro, ele expressou novamente seu desejo de que o texto desenvolvido por Braga tivesse menos exceções. No entanto, ele ressaltou que, mesmo com essas exceções, o texto é superior ao sistema tributário atual.
De acordo com Haddad, embora nada seja perfeito, o avanço significativo que faremos em relação ao nosso sistema tributário atual é inestimável.
O ministro expressou sua expectativa de que a reforma tributária alcance 60 votos no Senado, uma quantidade consideravelmente maior do que os 49 votos necessários para a aprovação de uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC). Uma vez que o Senado tenha realizado alterações no texto aprovado pela Câmara, a reforma terá de ser revisada pelos deputados novamente antes de poder ser promulgada, desde que o texto aprovado no Senado não seja alterado mais uma vez.
O ministro decidiu se concentrar apenas no encontro que teve com o relator da reforma tributária e optou por não falar sobre a manutenção da meta de zerar o déficit primário no próximo ano, apesar de ter sido questionado várias vezes pelos jornalistas ao longo desta semana.
A potencial mudança na meta ganhou destaque depois que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressou a opinião de que seria difícil alcançar tal compromisso na sexta-feira.
Na última quinta-feira, Haddad foi questionado novamente pelos jornalistas sobre o assunto e afirmou que, caso houvesse alguma novidade, informaria a imprensa.
“Eu informarei quando tiver alguma novidade para compartilhar com vocês. Não há motivos para esconder essas informações”, afirmou, acrescentando que persistir na questão seria inútil e contraprodutivo.