A SLC Agrícola enfrentou um atraso no plantio de soja durante o período de 2023/24 devido a condições climáticas desfavoráveis. Apesar disso, a empresa conseguiu cumprir o cronograma de semeadura das lavouras precoces, o que permitirá que eles iniciem a segunda safra de algodão conforme o planejado. Segundo o CFO da companhia, essa medida visa minimizar os impactos causados pelo atraso no plantio de soja e garantir a continuidade das operações agrícolas.
Durante uma teleconferência para discutir os resultados trimestrais, Ivo Brum mencionou que o fenômeno climático El Niño está trazendo menos chuvas para as regiões Centro-Oeste e Nordeste do Brasil. Isso representa um risco para a segunda safra de milho, que é cultivada em áreas onde a colheita da soja ocorre mais tarde. O cultivo de algodão na safrinha também é afetado, especialmente nas áreas mais precoces da empresa SLC.
“Até o dia 2 de novembro, a empresa já tinha plantado 71,3% da área destinada à plantação de soja, o que representa um atraso de 3% em relação ao ano anterior. No entanto, esse atraso não deve ter impacto negativo na produção de soja, de acordo com o porta-voz da empresa.”
“No início, nosso foco principal era garantir que cumpríssemos o prazo de plantio da soja precoce e superprecoce. Conseguimos fazer isso no momento certo, o que foi extremamente importante”, declarou Brum.
A SLC, uma empresa líder no setor agrícola, está planejando expandir significativamente sua área de plantio de algodão na próxima safra. Prevê-se que mais de 90 mil hectares sejam dedicados à plantação de algodão na primeira safra, e a empresa também planeja semear 97,4 mil hectares na segunda safra, após a colheita da soja. Com isso, a área total plantada com soja pela SLC, incluindo sementes, deverá atingir quase 337 mil hectares. Esses números apresentam uma perspectiva de crescimento promissor para a empresa no setor do algodão.
A área destinada ao cultivo de milho na segunda safra está projetada em 103,4 mil hectares.
“Não existe risco na cultura da soja, com certeza ela será plantada. A única questão é se valerá a pena plantar o milho safrinha em março, para os hectares que foram plantados mais tarde e estão atrasados”, comentou.
Ele reconheceu que, devido à escassez de chuvas, haverá atrasos no plantio de algumas fazendas, “o que é uma situação comum em toda a região Centro-Oeste”. Ele também observou que, no momento, é difícil determinar o quanto esse atraso afetará o plantio do cereal.
Em resposta a uma pergunta feita por um analista, Brum declarou que é extremamente improvável e praticamente impossível expandir ainda mais a área de cultivo de algodão. Segundo ele, a expectativa é de um crescimento de 27,4% na segunda safra e de 5% na primeira.
“A capacidade de plantio é importante, mas ainda mais crucial é a capacidade de colheita, que requer equipamentos específicos, como beneficiadoras de algodão…”
Em relação à produção de milho em todo o país, o executivo reconhece que existe a possibilidade de uma redução. Ele afirma que, devido à margem de lucro muito baixa, é comum que os produtores apliquem menos insumos e tentem economizar na compra de sementes mais baratas. Segundo ele, o potencial de produção já deveria ser menor do que está sendo apresentado.
De acordo com o executivo, se o período de plantio for ainda mais restrito, o potencial de produção será ainda menor. Além disso, ele ressaltou que os preços mais baixos do milho podem influenciar na decisão de plantar ou não o cereal na safrinha.
“É importante ficarmos atentos a essa situação, pois há um possível risco de que a safra de inverno brasileira não atinja as expectativas de produção. No entanto, isso dependerá das condições de chuva nos meses de março e abril, que serão determinantes para o resultado final da safra no Centro-Oeste”, enfatizou.
O assunto em questão é o relacionado a arrendamentos.
De acordo com Brum, a SLC possui uma alavancagem que está em níveis controlados e baixos. Nesse sentido, a empresa está considerando novos arrendamentos para plantio na temporada de 2024/25, após a área total da empresa se estabilizar em cerca de 674,4 mil hectares até 2023/24, de acordo com as projeções da empresa.
“Existe um potencial significativo para crescimento, o que nos permitiria aumentar nossa alavancagem. Estamos totalmente dedicados a alcançar esse objetivo. É claro que isso afetará a safra de 2024/2025, mas já estamos vendo várias oportunidades surgindo no mercado. Estamos em busca da melhor oportunidade para fazer a alocação de recursos mais adequada”, afirmou.
O indivíduo afirmou que as negociações estão progredindo e que a empresa pretende finalizar o acordo de arrendamento até o final deste ano ou, no mínimo, até abril de 2024. O objetivo é ter tempo suficiente para se planejar, adquirir maquinário e fertilizantes para a nova área.
Em relação ao recente programa de recompra de ações da SLC, o CEO comentou que a empresa decidiu optar por adquirir suas próprias ações em vez de comprar terras. Na visão dele, as ações da SLC estão com um preço mais acessível no momento, o que torna essa opção mais viável para a empresa.
O indivíduo também mencionou que, caso o preço das ações da empresa permaneça abaixo do nível considerado ideal pelos seus gestores, haverá a possibilidade de serem implementados programas para aquisição de ações.