O setor público consolidado do Brasil enfrentou em fevereiro um déficit nominal acima do esperado, contribuindo para o aumento da dívida bruta, conforme divulgado pelo Banco Central nesta sexta-feira (5).
O déficit nominal, que engloba o resultado primário somado aos juros, atingiu R$ 113,85 bilhões no mês, superando as projeções da pesquisa da Reuters que apontavam um saldo negativo de R$ 104,0 bilhões.
No acumulado dos últimos 12 meses, o déficit nominal totalizou R$ 1,01 trilhões, equivalente a 9,24% do Produto Interno Bruto (PIB).
Na esfera do setor público consolidado, o déficit primário em fevereiro foi de R$ 48,7 bilhões. Os economistas consultados na pesquisa da Reuters esperavam um resultado negativo de R$ 48,04 bilhões.
Dentro desses valores, o governo central apresentou um déficit primário de R$ 57,8 bilhões, enquanto estados e municípios registraram um superávit primário de R$ 8,64 bilhões. Já as estatais tiveram um saldo positivo de R$ 483 milhões, conforme os dados do Banco Central.
Apenas os juros pagos pelo setor público consolidado, de acordo com o devido tempo, totalizaram R$ 65,2 bilhões em fevereiro, alcançando um montante de R$ 746,9 bilhões no acumulado em 12 meses.
Quanto à dívida pública bruta do país em relação ao PIB, encerrou fevereiro em 75,5%, frente a 75,1% no mês anterior. Enquanto a dívida líquida variou de 60,1% para 60,9%. Um dos objetivos do novo arcabouço fiscal é estabilizar o nível da dívida pública ao zerar o déficit primário do governo central ainda este ano.
As expectativas da pesquisa da Reuters apontavam para 75,5% em relação à dívida bruta e 60,5% para a dívida líquida do país.