Após repreensão, FDI divulgou novo comunicado e disse que se referia ao grupo islâmico como ‘ideologia e ideia, contra-almirante Daniel Hagari.
O porta-voz do Exército de Israel, Daniel Hagari, afirmou nesta quarta-feira (19) que o movimento islamista palestino Hamas, contra o qual luta em Gaza desde outubro de 2023, não poderia ser eliminado, o que provocou uma reação imediata do governo, que reiterou seu compromisso de destruí-lo.
“Hamas é uma ideologia, não podemos eliminar uma ideologia. Dizer que vamos fazer o Hamas desaparecer é jogar areia nos olhos das pessoas”, declarou Hagari à emissora israelense Canal 13.
“Se não oferecermos uma alternativa, no final, teremos o Hamas no poder em Gaza”, acrescentou, em um momento em que o governo israelense se encontra dividido sobre o futuro da Faixa uma vez terminada a guerra.
Seus comentários foram rapidamente rebatidos pelo gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, cujo governo declarou que sua ofensiva em Gaza não terminará até que o Hamas seja derrotado.
Siga o canal da Jovem Pan News e receba as principais notícias no seu WhatsApp! WhatsApp“O gabinete político e de segurança liderado pelo primeiro-ministro Netanyahu definiu como um dos objetivos da guerra a destruição das capacidades militares e governamentais do Hamas”, manifestou em um comunicado.
“As FDI [Forças de Defesa de Israel, o exército] estão, obviamente, comprometidas com isso”, acrescentou. Em resposta as declarações do governo israelense.
Em um novo comunicado, o exército sublinhou que Hagari falou “sobre a destruição do Hamas como ideologia e ideia”.
Suas palavras foram “claras e explícitas”, sustentou. “Qualquer outra declaração seria tirar as coisas de contexto”, insistiu.
A guerra começou em 7 de outubro, quando militantes islamistas invadiram Israel e deixou ao menos 2.000 mortos, além de 251 sequestrados, do qual, segundo o Exército israelense, 116 permanecem como reféns.
Em resposta, Israel lançou uma ofensiva que já deixou pelo menos 37.396 mortos em Gaza, também em sua maioria civis, segundo o Ministério da Saúde do território, governado pelo Hamas.Publicado por Sarah Américo*Com informações da AFP”