Um novo recorde foi alcançado no Brasil, com o número total de trabalhadores chegando a 102,5 milhões e a população desocupada caindo para 7,3 milhões, o menor número de pessoas procurando trabalho desde janeiro de 2015.
A taxa de desemprego no país caiu para 6,6% no trimestre de junho a agosto de 2024, representando uma redução de 0,5 ponto percentual em relação ao trimestre anterior, de março a maio de 2024, quando atingiu 7,1%, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD).
Essa queda levou a taxa de desemprego ao seu menor nível desde o início da série histórica do governo, em 2012, com uma queda de 1,2 ponto percentual em relação ao mesmo trimestre móvel de 2023.
A população desocupada apresentou reduções significativas, com 502 mil pessoas a menos em busca de trabalho em comparação com o trimestre anterior e uma diminuição de 1,1 milhão em relação ao mesmo período de 2023.
Por outro lado, o número total de trabalhadores do Brasil atingiu um novo patamar, chegando a 102,5 milhões. A população ocupada do país cresceu 1,2% no trimestre, com um acréscimo de 1,2 milhão de trabalhadores.
Em comparação ao mesmo período do ano anterior, houve um aumento de 2,9%, o que equivale a mais 2,9 milhões de pessoas empregadas.
De acordo com a coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, Adriana Beringuy, “a baixa taxa de desemprego reflete a expansão da demanda por trabalhadores em diferentes setores da economia, levando a taxa de desocupação a níveis próximos aos de 2013, quando este indicador estava em seu patamar mais baixo”.
No que diz respeito aos rendimentos, o rendimento médio real das pessoas ocupadas no trimestre encerrado em agosto foi de R$ 3.228, com uma alta de 5,1% em relação ao mesmo período móvel de 2023.
A massa de rendimentos, que corresponde à soma de todas as remunerações dos trabalhadores, chegou a R$ 326,2 bilhões, apresentando aumentos de 1,7% no trimestre e 8,3% em relação ao mesmo período do ano anterior.
No setor privado, o número de empregados atingiu 52,9 milhões, o maior contingente da série histórica. Houve um aumento de 1,7% na ocupação deste setor em relação ao trimestre anterior, equivalente a 882 mil novas vagas de trabalho.
Comparado ao ano anterior, o crescimento foi de 4,9%, totalizando 2,5 milhões de trabalhadores a mais nesse setor.
O setor privado também registrou recordes no número de empregados com carteira assinada (38,6 milhões) e sem carteira assinada (13,2 milhões).
O Comércio foi o grupo de atividade que mais impulsionou a ocupação, com um aumento de 1,9% no trimestre, adicionando 368 mil novos trabalhadores à população ocupada do país.
Por fim, no setor público, os empregados chegaram ao recorde de 12,8 milhões, com aumentos de 1,8% no trimestre e de 4,3% em relação ao ano anterior.
O crescimento tem sido impulsionado pelo grupo de servidores sem carteira assinada, que apresentou um crescimento de 4,5% no trimestre e de 6,6% no ano. Enquanto isso, o grupo dos militares e servidores estatutários permaneceu estável nas duas comparações.
Em resumo, mesmo não sendo o maior contingente, os empregados sem carteira assinada no setor público têm contribuído significativamente para a expansão do total de empregados neste segmento.
Esses trabalhadores estão ligados principalmente à educação fundamental, com contratos temporários regidos por leis específicas, e representam uma parcela importante do mercado de trabalho atual.