O IRB (Re) (IRBR3) apresentou os resultados financeiros do terceiro trimestre de 2024, com um lucro líquido de R$ 115,9 milhões, representando um aumento de 142,8% em relação ao mesmo período do ano anterior, o que equivale a 2,4 vezes a mais.
Os resultados incluem um lucro recorrente de R$ 82,6 milhões e um lucro não recorrente de R$ 33,4 milhões, proveniente da venda de um terreno no Rio de Janeiro.
Divulgados hoje (12/11), de acordo com a Visão Negócio, os números “demonstram a evolução do ressegurador, que obteve resultados positivos pelo sétimo trimestre consecutivo”.
“Os resultados indicam uma tendência crescente e positiva, mostrando a consistência da estratégia de negócios. Neste trimestre, o lucro líquido foi impulsionado pelo bom desempenho da subscrição.
Além disso, registramos o efeito não recorrente da venda de um terreno no Rio de Janeiro”, afirmou Marcos Falcão, CEO do IRB(Re).
“Também é importante destacar a redução da sinistralidade e do índice combinado. A evolução contínua de nossos números demonstra que o processo de transformação da empresa está consolidado e será concluído ainda em 2024.
Além disso, evidencia nossa capacidade de entregar um resultado operacional sustentável e rentável”, acrescentou.
O resultado da subscrição atingiu R$ 117,9 milhões no 3T24, superior aos R$ 10,8 milhões registrados no 3T23. O prêmio total emitido, em conformidade com a estratégia de concentrar os negócios no Brasil e reduzir a participação no exterior, aumentou 10,1% no 3T24 em comparação ao ano anterior, alcançando R$ 2,2 bilhões.
Em relação ao volume, houve um crescimento de 7,1% no prêmio emitido no Brasil em comparação com o 3T23, totalizando R$ 1,8 bilhão.
Já o prêmio emitido no exterior, que correspondeu a 17% do portfólio, alcançou R$ 372,9 milhões no 3T24, um aumento de 27,1% em relação ao 3T23.
No 3T24, o índice de sinistralidade foi de 67,9%, melhorando em 6,1 pontos percentuais em comparação com o mesmo período do ano anterior.
Ao longo de janeiro a setembro de 2024, a sinistralidade totalizou 63,8%, com uma melhora de 11,4 pontos percentuais em relação ao mesmo período de 2023.
“A redução da sinistralidade ocorreu principalmente pela diminuição nas áreas de Rural, Riscos Especiais e Patrimonial.
Algumas categorias apresentaram sinistralidade acima do esperado, como Aviação, Responsabilidade e Transporte.
No entanto, por não serem linhas significativas, não alteraram a tendência de queda da sinistralidade da empresa”, explicou Daniel Volpe, diretor Técnico de Subscrição do IRB(Re).
Segundo ele, o impacto do evento trágico ocorrido no Rio Grande do Sul foi de R$ 5 milhões no 3T24, o que comprova a “eficácia das reservas estabelecidas e do programa de proteção de portfólio do IRB(Re)”.
O índice combinado, que inclui sinistralidade, comissionamento e outras despesas, reduziu de 110,2% no 3T23 para 102,1% no 3T24.
O índice de despesas administrativas encerrou o 3T24 em 9%, mantendo-se estável em relação ao mesmo período do ano anterior.
As despesas gerais e administrativas do IRB(Re) no 3T24 totalizaram R$ 85 milhões, um aumento de 13% em comparação com o 3T23.
O resultado financeiro e patrimonial atingiu R$ 196,4 milhões, um aumento de 7,4% em relação ao 3T23.
“Encerramos o 3T24 com R$ 8,5 bilhões em ativos financeiros, mantendo-se estável em relação ao 3T23. A alocação desses recursos é dividida em 61% em ativos no Brasil e 39% no exterior”, informou Paulo Valle, diretor-geral da IRB(Asset), o braço de investimentos do ressegurador.
IFRS 17
Além de relatar seus números de acordo com a Visão Negócio da IFRS 4, utilizada pela Susep, o IRB(Re) divulgou seus resultados do 3T24 em conformidade com a IFRS 17, a metodologia adotada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
A norma internacional, destinada ao mercado de seguros e resseguros, trata os fluxos operacionais como valores presentes, levando em consideração o valor do dinheiro ao longo do tempo.
Ao considerar a IFRS 17, o lucro da empresa no 3T24 foi de R$ 192 milhões, em comparação com um lucro líquido de R$ 44 milhões no 3T23. No acumulado do ano até o 3T24, alcançou R$ 623 milhões.
“O resultado trimestral é explicado principalmente pelo aumento na receita com resseguros no valor de R$ 227 milhões.
Além disso, houve uma variação positiva na retrocessão, com um efeito no resultado líquido de R$ 238 milhões, proveniente da recuperação de sinistros no período.
Por fim, o resultado financeiro líquido teve uma redução de R$ 71 milhões, impactado pela variação cambial no trimestre”, afirmou Falcão.