Você também é parte daquele grupo de pessoas que sempre adorou ouvir notícias do tipo “Empresa XYZ subiu 8%”, “Bovespa subiu 3%”, e sempre quis poder aproveitar esse tipo de oportunidade de conseguir rendimentos potencialmente mais elásticos que na Renda Fixa, mas infelizmente não possui conhecimentos sobre as Técnicas, o Mindset e os Caminhos para poder ingressar nesse Mercado?
Se você é parte desse grupo, provavelmente você já se fez algumas dessas perguntas:
- Como determino que parte da minha renda/patrimônio direcionar para esses investimentos?
- Onde preciso me cadastrar para conseguir comprar e vender ações facilmente?
- Como seleciono as empresas que vou analisar e, eventualmente, comprar ações?
E abaixo responderemos detalhadamente cada uma dessas etapas para que você também possa se incluir no grupo dos chamados “Investidores Arrojados”.
- Como determinar qual parte da sua renda/patrimônio direcionar para esses investimentos?
Antes de responder essa pergunta, é crucial pontuar um detalhe: todos nós temos dias bons e ruins, fases melhores e piores, não é mesmo?
E sabendo que a chance de que uma fase ruim eventualmente chegue, é importantíssimo que, antes mesmo de cogitar enviar dinheiro para investimentos de mais longo prazo como a Bolsa de Valores, você possua o que costumamos chamar por “Reserva de Emergência”, que nada mais é do que um montante guardado equivalente à somatória de todos os custos fixos de sua casa pelo período de 3 a 6 meses.
Com isso, caso uma fase difícil chegue, você terá condições de responder de forma tranquila e com as “contas pagas” por até 6 meses até que encontre novas saídas para tal situação. Esse dinheiro para Reserva de Emergência não deverá ser TOCADO sob nenhuma hipótese.
Em outras palavras, você deve encarar como se ele nem mesmo “existisse”, no sentido de que não pode ser usado para nada além de uma Emergência.
Tendo estabelecido que a Reserva de Emergência, agora você abrirá uma nova Reserva, mas agora com o fim de investir de fato. O ideal é guardar o máximo que te for possível, mas um número mínimo seria entre 10% e 20% de sua renda.
Dessa forma, você consegue um valor bem legal mensalmente para fazer aportes constantes e, com isso, aumentar mais rapidamente o valor investido!
Mas lembre-se: poupar tem de ser um compromisso da família, ou seja, é um ato feito para garantir um futuro melhor e confortável de todos, e dessa forma tem de ser algo prioritário!
- Onde preciso me cadastrar para comprar e vender ações facilmente?
Isso pode ocorrer de 2 formas principais: ou pelo seu banco de Varejo (Santander, Itaú, BB, etc.), que geralmente tem uma corretora de valores associada. O principal problema dessa forma diz respeito ao custo envolvido, que, em geral, é muito caro! Ainda sim é uma forma viável.
A outra forma, é você abrir uma conta numa Corretora de Valores autorizada a intermediar negociações pela B3, antiga Bovespa. Existem dezenas no mercado, com especial destaque para XP, CM Capital Markets, Rico, Easynvest.
O ideal é você entrar no site de cada uma delas e avaliar qual se alinha mais ao seu perfil. O custo de corretagem é algo a ser avaliado com cuidado, pois existem diferenças brutais entre elas, sendo que inclusive algumas corretoras atualmente oferecem corretagens com preços excelentes (abaixo de 5 reais por ordem). Isso foi algo muito bom do ponto de vista do investidor pequeno, pois no passado, o normal eram corretagens acima de 15 reais!
E por último, é bom verificar qual corretora você de fato se adapta melhor do ponto de vista da forma de usar para operar. Todas elas possuem tutoriais sobre como usar seus HomeBrokers (que é o local onde você de fato executa suas transações).
Vale muito a pena reservar algum tempo para aprender em detalhes o uso de cada uma delas!
- Como seleciono qual empresa analisar e, eventualmente, comprar ações?
Sabendo que “ação” nada mais é do que um pedacinho pequeno de uma empresa muito maior, empresa essa que, figurativamente, foi picada em milhões de partes menores que possibilitam que qualquer um possa comprar e vender essa fração da empresa!
Ao adquirir uma ação de uma empresa qualquer (Itaú, Magazine Luiza, etc.), você está de fato adquirindo uma parte dessa empresa e se tornando “sócio” da mesma.
Avançando, cabe lembrar que a Bolsa de Valores nada mais é do que um Mercado onde se negociam ações. Enquanto no Supermercado perto de você se negociam alimentos, itens de limpeza, etc, a Bolsa de Valores negocia partes de empresas (ações), e usa a corretoras como o caminho que liga o investidor que quer comprar, ao investidor que quer vender, e vice-versa.
Para determinar qual empresa você deve avaliar, iniciamos com uma dica muito importante: comece por empresas que você conhece bastante e que sejam muito grandes e que gerem muito caixa, ou seja, vendas grandes o tempo todo: Bancos grandes, indústrias de grande porte, multinacionais, etc. Evite empresas que você nunca ouviu falar ou que sejam pequenas demais. Isso já reduz drasticamente a chance de você negociar uma empresa que tem risco de ter problemas sérios.
Ao fim, como você provavelmente escolheu mais de uma empresa dentro de um mesmo setor, você deve analisar como está o desempenho de cada uma dentro do setor, e como o setor em si está. Exemplo: Magazine Luíza é varejista.
Como Magazine Luiza está em comparação com seus concorrentes? E o setor de varejo como está?
Com esse tipo de abordagem, ao longo do tempo, você perceberá que sua forma de analisar vai melhorando, e você vai ganhando confiança em ter um ou outra empresa em sua carteira.
Uma última dica: como a postura de investimento é uma postura de longo prazo, é essencial lembrar que fazer aportes graduais, mas constantes, é o que tende a produzir uma carteira de boa qualidade e muito provavelmente, substancial com o tempo! Investir tem que ser como comer e dormir, ou seja, uma atividade do seu dia a dia!