Falaremos nesse artigo coisas que você não irá encontrar em nenhum outro lugar. Vamos conferir?
Diante de todo contexto social que estamos vivendo, devido essa pandemia que tem deixado toda população muito ansiosa, achamos uma forma de trazer conhecimento e deixá-los conscientes de tudo que envolve o mercado de valores nessa fase.
O óbvio não pode ser negado, claro, muitas mortes, muitas coisas ocorrendo. Mas hoje, iremos focar na crise do ponto de vista do mercado de valores. Nós tendemos a achar que a crise que estamos vivenciando é sempre pior do que qualquer outra, antigamente, achávamos que determinada crise que o país, ou o mundo enfrentava, era maior, era pior.
Vemos que as crises vêm, vão embora, como ocorreram com tantas outras. A única certeza que temos é que da mesma forma que ela veio, ela também irá passar, ainda bem! Sugerimos também, que nós não fiquemos pensando quando isso irá ocorrer, vamos deixar isso para os analistas do mercado.
Vamos relembrar como tudo começou? No final de 2019, esse vírus começou na China, avançou para a Europa, foi para os Estados Unidos, chegou no Brasil, foi atingindo o mundo todo e continua se propagando até hoje. O mercado, no meio de março de 2020, responde de forma absolutamente convulsionante; muitos papéis caíram 80%, 70%. O índice caiu 50%, ou seja, foi uma crise importante, uma reação importante desse mercado.
Agora, vamos pensar nos motivos que vem depois. Vale a pena lembrar, que quando estávamos em janeiro de 2019, quando nós ouvíamos alguém ou alguma notícia falando a respeito da queda no mercado, nós não levávamos muito em consideração, não é mesmo? Geralmente, ignorávamos esse aspecto.
Em março do ano passado quando o mercado bateu -50%, -80%, o que mais tinha, era o que mais tem hoje, pessoas falando que iria cair mais 80%, por exemplo, pois quando algo está caro, as pessoas acham que vai ficar mais caro e, quando algo está barato, as pessoas acham que vai ficar mais barato. Resumindo, diante dessa visão que mencionamos, as pessoas vendem na hora errada e compram na hora errada. Isso funciona dessa maneira desde sempre, não é uma novidade do século 21.
Geralmente, quem consegue identificar as melhores oportunidades, são aqueles que ficam observando e sabem a hora de agir e não agir.
No final das contas, as crises se diferenciam entre si pelos motivadores que provocam a derrocada das cotações e principalmente, o fator determinante, no caso, hoje o Covid, mas cada fase teve o seu fator.
No mercado de valores, um grande fator provoca a alta repentina (e muito forte) das cotações depois de um fundo. Inclusive, muito antes geralmente, do que uma efetiva melhoria do cenário que causou essa queda. Esse fator, que é o principal, é o desconto de preços, ou seja, os preços caem tanto, as questões fundamentalistas de uma certa empresa, se exacerbam. Um exemplo disso, foi a venda do Bank Of America, um dos maiores bancos dos Estados Unidos, na crise de 2008.
O que percebemos, é que os motivadores mudam, mas o motivador de retorno, geralmente, é um só. É uma assimetria de retorno.
Você, na verdade, não tem que esperar nada, você tem que ter um plano traçado. Pois, isso irá te trazer maiores oportunidades.
Muitas pessoas, estão comparando com qual crise, essa atual, do Covid 19 se parece. Como dissemos anteriormente, o motivador é outro, ele mudou, mas essa crise não é diferente das outras e vamos te mostrar isso ao longo deste artigo. Muitos compararam com a crise de 1929, a quebra da Bolsa de Valores. Há uma grande diferença de 1929 para hoje, a crise que estamos vivendo agora, é o que chamamos de auto imputada, ou seja, ela diz respeito a um lockdown global, que não foi gerado por nenhum problema econômico, nenhum país quebrando, foi uma doença que a gerou. Essa é a primeira diferença.
Segunda grande diferença: Em 1929 os Bancos Centrais com especial relevância, o dos Estados Unidos, não só ajudou a crise, como a piorou. Pois, na época, a economia dos EUA era altamente concentrada, cerca de 40% da economia deles era: ou empresa de manufatura, ou agricultura. Hoje, existe uma distribuição muito melhor, o que é muito mais vantajoso do que seria no passado.
No ano de 1929, os Bancos Centrais enrijeceram as regras de comércio, as políticas monetárias e literalmente acabaram com a política fiscal dos Estados Unidos. Com isso, os bancos, grandes financiadores do mercado, ficaram à deriva, sem nenhum tipo de garantia governamental e isso só acelerou a crise de 1929.
Em 2020, foi o oposto, os bancos estão garantidos pelo FED, injetando liquidez no mercado, ou seja, a crise de 29 é estruturalmente diferente da atual, em todos os sentidos.
Tem uma crise, que pouca gente comenta, e é sobre ela que queremos falar, que é a de 1918, a crise da Gripe Espanhola. A estimativa, é que ela matou de 27 a 50 milhões de pessoas. A população mundial, era de 1.8 bilhões de pessoas, ou seja, de 2 a 3% da população morreu. Hoje, seria o equivalente a 150/250 milhões de pessoas.
O que queremos deixar claro, é que a crise da Gripe Espanhola, foi quase o apocalipse na Terra, devido o estrago devastador que ela causou. Claro, que antigamente, era um mundo arcaico, sem recursos em todos os aspectos. A informação demorava demais para se propagar. Os primeiros registros que se tem disso, é que o topo da crise, foi no meio de 1917, onde o mercado bate 34% (de maio a dezembro – 6 meses).
Resumindo, o que queremos mostrar com essa comparação, é que a Gripe Espanhola foi incrivelmente mais devastadora que a crise atual decorrente do Covid 19. Apesar das crises nunca serem iguais, elas são comparáveis.
Hoje, com os sinais que foram recebendo de que o mercado iria decair, eles se anteciparam e foram às compras e como operadores bem instruídos, eles compram e se preparam para a queda. Então, se o mercado cair drasticamente, nós sabemos que depois ele irá subir drasticamente. Tudo é uma questão de saber aproveitar as oportunidades de compra. Funciona da seguinte maneira: você monta uma operação, assume o risco, fraciona suas entradas e se defende. Basicamente isso.
O que queremos que você entenda por fim, com todas as analogias que fizemos e exemplificações, é que esse, não é um mercado de “chutes”. O histórico está aí para nos servir de referência, para encontrarmos uma lógica.
Artigo por Mauricio Bellinelo