O ministro da Economia argentino, Sergio Massa, decidiu adiar os aumentos de impostos sobre combustíveis que estavam planejados para este mês. Essa medida tem como objetivo evitar que os preços nas bombas subam ainda mais, após uma recente escassez de combustíveis. Sergio Massa é candidato no segundo turno da eleição presidencial do país.
A decisão postergará os necessários ajustes fiscais, que já estão atrasados, e que têm como objetivo principalmente ajustar os preços às altas taxas de inflação. Esses ajustes, que envolvem um aumento no valor fixo cobrado sobre a gasolina e o diesel, estavam previstos para entrar em vigor hoje, mas agora foram adiados para o dia 1º de fevereiro.
Em um comunicado, Massa afirmou que é necessário proteger os bolsos dos argentinos e que essa medida terá um impacto positivo na manutenção dos preços baixos nos postos de combustíveis. No entanto, isso será alcançado por meio de uma maior arrecadação de impostos estaduais.
O país sul-americano prorrogou o congelamento de impostos em meio a um período de crise no setor de combustíveis. Recentemente, diversas refinarias locais foram paralisadas, causando uma escassez de abastecimento nos postos de gasolina. Além disso, a falta de reservas de moeda estrangeira impossibilita a importação de combustíveis.
Isso pode proporcionar um impulso para o candidato Massa, que utilizou reduções de impostos direcionadas para expandir sua intenção de voto, que estava abaixo nas pesquisas antes do primeiro turno em outubro. Isso pode ajudá-lo a conquistar o apoio dos eleitores antes do confronto direto em 19 de novembro contra Javier Milei, um defensor do ultraliberalismo que apoia fortes cortes nos gastos estatais.
Nesta quarta-feira, Massa informou que a crise recente de combustível foi solucionada e defendeu as medidas adotadas pelo governo para manter os preços locais abaixo dos praticados internacionalmente. Ele rejeitou as solicitações por aumentos acentuados nos preços, mas expressou o desejo de garantir incentivos para o desenvolvimento do setor.
“No entanto, é essencial que tenhamos uma discussão direta sobre as margens que são necessárias para sustentar os níveis de investimento no setor de hidrocarbonetos, enquanto também garantimos o bem-estar financeiro dos cidadãos argentinos”, afirmou.