A companhia aérea Azul teve um desempenho financeiro positivo no terceiro trimestre, registrando uma receita líquida total recorde de R$ 5,1 bilhões, o que representou um crescimento de 4,3% em comparação ao mesmo período do ano anterior.
Apesar disso, a empresa anunciou um prejuízo líquido ajustado de 203 milhões de reais, significando uma redução de 76,3% em relação ao prejuízo de 856 milhões apurado em 2023.
A Azul obteve um lucro operacional medido pelo Ebitda de 1,65 bilhão de reais, o que representou um crescimento de 6% e elevou a margem para 32,2%.
Além disso, a receita líquida total recorde refletiu um aumento de 4,3% em relação ao ano anterior, enquanto os custos e despesas operacionais avançaram 3,8%, totalizando 4,1 bilhões de reais.
Apesar do faturamento em alta, a empresa enfrentou preços de passagens relativamente estáveis, com oscilação negativa de 0,3% no indicador yield. O número de passageiros transportados cresceu 3,8%, contribuindo para o desempenho positivo da companhia no período.
Este resultado da Azul foi divulgado logo após a concorrente Gol, em recuperação judicial nos Estados Unidos, apresentar uma queda de 36% no prejuízo líquido do terceiro trimestre.
A Azul projeta para o próximo ano um capital de giro de cerca de 800 milhões de reais, investimento de 1,7 bilhão e um fluxo de caixa recorrente de aproximadamente 2,3 bilhões de reais.
A empresa espera aumentar sua capacidade em aproximadamente 6% em 2024 em relação ao ano anterior. Esse crescimento planejado foi ajustado devido a fatores como redução da capacidade doméstica devido a enchentes no Rio Grande do Sul.
Em relação à sua situação financeira, a Azul encerrou setembro com uma alavancagem financeira de 4,4 vezes, acima do nível de um ano antes, porém ligeiramente abaixo do múltiplo registrado no final do semestre anterior.
A empresa ressaltou que, considerando possíveis acordos adicionais sendo negociados com parceiros comerciais, a alavancagem no terceiro trimestre seria de 3,4 vezes.