A B3 divulgou nesta quinta-feira que obteve um lucro líquido recorrente de 1,16 bilhão de reais no terceiro trimestre de 2023, o que representa um leve aumento de 0,5% em comparação ao mesmo período do ano anterior. A empresa atua como operadora de infraestrutura de mercado.
O lucro líquido atribuído aos acionistas da empresa no trimestre encerrado em setembro registrou um aumento de 4,4%, totalizando 1,07 bilhão de reais. Esse valor não leva em consideração itens não-recorrentes. Já a receita líquida da companhia no mesmo período foi de 2,25 bilhões de reais, tendo uma leve diminuição de 0,4% se comparada ao ano anterior. Analistas previam, em média, uma receita líquida de 2,39 bilhões de reais, de acordo com os dados da LSEG.
No período mencionado, a B3 registrou uma receita total de 2,49 bilhões de reais, o que representa uma queda de 0,8% em comparação ao ano anterior. Essa diminuição ocorreu devido à menor atividade no mercado de ações.
Em seu relatório, a operadora da bolsa observou que, apesar das reduções na taxa de juros no Brasil, o mercado de ações nacional foi afetado por fatores externos e sazonais durante o trimestre, devido ao impacto das férias no Hemisfério Norte.
No terceiro trimestre deste ano, o lucro recorrente antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) atingiu 1,62 bilhão de reais, o que representa uma queda de 3,2% em comparação com o mesmo período em 2022. Além disso, a margem Ebitda recorrente diminuiu para 72,3%, em comparação com os 74% registrados no terceiro trimestre do ano passado.
De acordo com a B3, as despesas da empresa aumentaram 6,9% em relação ao ano anterior, totalizando 902,2 milhões de reais. No entanto, se não fosse considerado o impacto da consolidação da empresa de softwares de gestão Neurotech, as despesas teriam totalizado 879,1 milhões de reais.
No trimestre, as despesas ajustadas atingiram 503,9 milhões de reais, registrando um aumento de 7,4% em relação ao ano anterior. Esse crescimento foi impulsionado pelo aumento de 8,8% nas despesas do “core business” e de 4,5% nas despesas “non-core”, que englobam novas iniciativas e negócios.