Diante das dificuldades enfrentadas pelos consórcios no processo de integração ao projeto “real digital” (Drex), o Banco Central decidiu estender o prazo para a conclusão da configuração até o dia 3 de novembro. A prorrogação visa permitir que as instituições tenham tempo suficiente para atender às exigências técnicas necessárias para operar na plataforma e realizar os testes previstos nesta fase do projeto.
O Drex, que representa um passo fundamental na digitalização do sistema financeiro brasileiro, faz parte da estratégia do Banco Central para implementar uma moeda digital do Banco Central (CBDC) e integrar novas soluções de pagamento, tornando as transações mais eficientes, seguras e acessíveis para toda a população.

Desafios técnicos: conexão e requisitos de infraestrutura
Entre os principais desafios enfrentados pelos consórcios está o requisito de largura de banda mínima de 10 megabytes por segundo para a conexão à Rede do Sistema Financeiro Nacional (RSFN). Essa exigência tem sido um obstáculo para algumas instituições, que precisaram investir em melhorias na infraestrutura tecnológica para garantir a estabilidade e segurança da comunicação com o sistema do Banco Central.
A RSFN desempenha um papel crucial na viabilização do Drex, pois é por meio dessa rede que as transações e validações serão realizadas, garantindo a interoperabilidade entre diferentes participantes do ecossistema financeiro.
Situação atual e próximos passos
Até o momento, nove dos 16 consórcios participantes conseguiram superar os desafios técnicos e já estão conectados à plataforma, estando aptos a seguir com os testes e validações estipulados pelo Banco Central nesta fase inicial do Drex.
O objetivo agora é garantir que os sete consórcios restantes concluam o processo de configuração dentro do novo prazo, assegurando que todas as instituições envolvidas estejam preparadas para a implementação do projeto nos próximos estágios.
Com a ampliação do prazo e a evolução na conectividade dos consórcios, o Banco Central reforça seu compromisso com a inovação no sistema financeiro, garantindo que o Drex avance de forma estruturada e segura, alinhado às necessidades do mercado e à modernização do setor bancário no Brasil.