Segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), o aumento rápido dos salários na zona do euro pode prolongar a alta da inflação por mais tempo. Diante disso, o Banco Central Europeu (BCE) deverá manter as taxas de juros nos níveis recordes ou próximos a eles até o próximo ano, a fim de controlar as pressões sobre os preços.
No mês passado, o Banco Central Europeu (BCE) tomou a decisão de interromper sua sequência de dez aumentos consecutivos nas taxas de juros. Essa decisão gerou expectativas no mercado de que o próximo movimento do BCE será um corte, possivelmente já em abril. Os investidores estão precificando uma redução total de 90 pontos-base nas taxas de juros até o final do próximo ano.
Alfred Kammer, líder do Departamento Europeu do Fundo Monetário Internacional (FMI), defendeu a manutenção da taxa de depósito do Banco Central Europeu (BCE) em seu nível recorde de 4% ao longo do próximo ano, rejeitando qualquer possibilidade de cortes antecipados.
Kammer sustenta que é importante não aplicar cortes na taxa de depósito neste momento, argumentando que a taxa atual já está em um nível apropriado. Ele acredita que manter a taxa estável fornecerá uma base sólida para o crescimento contínuo da economia.
Contrariando algumas expectativas de cortes devido à desaceleração econômica, Kammer destaca que a taxa de depósito do BCE deve permanecer próxima ao seu valor máximo para garantir a estabilidade financeira e promover o investimento. Ele acredita que a manutenção dessa taxa é especialmente crucial em tempos de incerteza econômica.
Em resumo, segundo Kammer, é essencial manter a taxa de depósito do BCE em 4% ao longo de todo o próximo ano, a fim de manter a estabilidade financeira e promover o crescimento econômico contínuo. Ele descarta qualquer possibilidade de cortes antecipados, argumentando que a taxa atual já está em um nível apropriado.
“Afirmou Kammer durante uma conferência de imprensa que a política monetária está devidamente restrita e precisa continuar dessa forma até 2024. Ele declarou que, essencialmente, a taxa de depósito deve ser mantida no nível atual ou próximo a ele ao longo do próximo ano.”
Kammer destacou a importância de o BCE não diminuir prematuramente as taxas de juros, alertando para a necessidade de evitar um aperto adicional da política no futuro.
Kammer declarou que é mais econômico ser extremamente restritivo do que ser excessivamente flexível. Ele também ressaltou a importância de evitar celebrações prematuras.
Há um ano, a inflação na zona do euro atingiu 10%, porém, desde então, tem apresentado uma queda constante, apesar da dificuldade da última etapa da desinflação. Estima-se que possa levar ainda dois anos para que a taxa de inflação passe de aproximadamente 3% para 2%.
“De acordo com o FMI, o crescimento dos preços pode retornar à meta até 2025, mas um mercado de trabalho extremamente restrito pode causar um adiamento dessa previsão até 2026, alertou a organização.”
De acordo com o FMI, os salários reais ainda precisam se ajustar para acompanhar a inflação, o que poderia criar pressão adicional nos preços.
De acordo com um relatório do FMI, os riscos apontam para uma inflação mais duradoura, o que poderia resultar no adiamento das metas de inflação até 2026.
De acordo com Kammer, a atual crise em Gaza está tendo um impacto significativo nos preços globais de energia. Isso resulta em um aumento dos riscos de alta para os preços.