“Nesta sexta-feira, um representante chinês destacou a importância dos países abandonarem os “slogans vazios” e adotarem uma abordagem pragmática em relação às mudanças climáticas. Segundo ele, é crucial que as preocupações com segurança energética, emprego e crescimento econômico sejam consideradas de forma proativa. Essas declarações foram feitas antes do início das discussões climáticas da COP28, que estão previstas para o próximo mês.”
A próxima conferência internacional de negociações climáticas está agendada para ocorrer em Dubai no final de novembro, e terá como principal tema a identificação e resolução das lacunas na implementação do Acordo de Paris de 2015 para combater as mudanças climáticas.
Em setembro, a Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou um relatório abrangente que revelou que o mundo não estava cumprindo suas metas climáticas. Diante disso, foi ressaltada a urgência de tomar medidas em todas as áreas para limitar o aumento da temperatura global a 1,5°C.
O relatório, intitulado “Balanço Global”, destacou a preocupante realidade em que nos encontramos. Ficou evidente que ainda há muito trabalho a ser feito para evitar os impactos devastadores das mudanças climáticas. É crucial que ações sejam tomadas imediatamente para evitar consequências irreversíveis.
Manter o aumento da temperatura global abaixo de 1,5°C é uma meta fundamental para minimizar os efeitos das mudanças climáticas. No entanto, o mundo está ficando para trás nesse aspecto, o que requer uma resposta global unificada.
O relatório enfatizou a importância de agir em todos os setores, o que inclui governos, empresas, comunidades locais e indivíduos. É necessário um esforço conjunto para implementar medidas ambiciosas de mitigação e adaptação às mudanças climáticas.
A mudança climática não é um problema que possa ser resolvido de forma isolada. É preciso uma abordagem integrada, impulsionada pela cooperação internacional. Os países devem estabelecer metas ambiciosas e medidas concretas para atingir uma economia de baixo carbono e resiliente ao clima.
Além disso, é fundamental investir em tecnologias limpas e sustentáveis, bem como em fontes de energia renovável. Incentivar a pesquisa e o desenvolvimento nesses campos é essencial para impulsionar a transição para uma economia verde.
A mitigação das mudanças climáticas também requer uma mudança de comportamento em nível individual. Cada pessoa pode contribuir para a redução das emissões de gases de efeito estufa por meio de escolhas conscientes, como utilizar transporte público, reduzir o consumo de energia e adotar práticas sustentáveis.
Em resumo, o relatório da ONU reforçou a necessidade de agir rapidamente e em todas as frentes para combater as mudanças climáticas. É fundamental que governos, empresas e cidadãos se unam para cumprir as metas estabelecidas e garantir um futuro sustentável para as próximas gerações.
O chefe do escritório climático do Ministério de Ecologia e Meio Ambiente da China, Xia Yingxian, defendeu que os países ricos devem cumprir sua promessa de fornecer 100 bilhões de dólares anualmente em financiamento climático para os países mais pobres.
Além disso, ele ressaltou a importância de estabelecer um mecanismo financeiro para “perdas e danos” e de dobrar os fundos de adaptação. A China está firmemente comprometida com a luta contra a mudança climática e espera que os países desenvolvidos também assumam suas responsabilidades financeiras nesse sentido.
“Os países desenvolvidos possuem uma responsabilidade inegável em relação à mudança climática global e, ao mesmo tempo, têm a capacidade real de enfrentar essa questão”, declarou ele durante uma conferência de imprensa em Pequim.
“Maior ênfase será dada a medidas adicionais relacionadas ao uso de combustíveis fósseis, com destaque para a China, país que lidera o consumo de carvão mundial e é o principal emissor de gases do efeito estufa. No entanto, a China tem mostrado resistência em se comprometer com uma eventual eliminação gradual dessas fontes de energia.”
Xia enfatizou a importância de a COP28 levar em consideração as diversas realidades e circunstâncias individuais de cada país.
“Ele afirmou que slogans vazios, desvinculados da realidade e uma abordagem uniforme para todos podem parecer ambiciosos, mas na verdade prejudicam o processo multilateral das mudanças climáticas.”
“A Cúpula das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP28) deve enfatizar a importância de uma coordenação eficiente entre as políticas de combate às mudanças climáticas e outras prioridades, como a erradicação da pobreza, a segurança energética, a geração de empregos, o crescimento econômico e outras necessidades“, destacou.
De acordo com seu discurso, ele mencionou que a China desempenhou um papel notável na batalha contra as mudanças climáticas ao longo da história, alcançando uma redução de 51% na intensidade do carbono desde 2005. Além disso, a China aumentou significativamente a participação de energias não fósseis, que agora representam 17,5% do consumo total de energia. O país também tem desempenhado um papel importante na cooperação climática internacional.