A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) anunciou hoje sua previsão para a safra de soja do Brasil 2023/24, que é estimada em 162,4 milhões de toneladas. Essa estimativa representa um aumento de 400 mil toneladas em relação ao volume previsto no mês passado, e isso apesar das preocupações com condições climáticas adversas.
A produção de oleaginosas está prevista para alcançar um total estimado de crescimento de 5,1% em relação à safra anterior. Esse aumento será impulsionado por um aumento de 2,8% na área plantada, totalizando 45,29 milhões de hectares, e maiores produtividades comparando com o ano passado.
Em relação ao mês de outubro, houve um pequeno ajuste na produção, de acordo com as informações fornecidas pela Conab, devido a uma elevação na previsão de área plantada em aproximadamente 100 mil hectares.
“A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) mencionou um problema de atraso no plantio que vem sendo constantemente relatado pelo setor agrícola e por analistas privados. Devido às precipitações irregulares nas regiões produtoras, eles não veem mais uma safra com o mesmo nível de potencial. No entanto, é importante ressaltar que ainda é cedo para afirmar que haverá uma quebra na produção.”
No estado de Mato Grosso, as chuvas irregulares e as altas temperaturas têm causado interrupção no plantio em várias áreas, o que pode exigir o replantio em algumas regiões afetadas. Na região sul, por sua vez, o excesso de precipitações está atrasando o início do cultivo, além de prejudicar o estabelecimento inicial da cultura da soja. Essas são as informações destacadas no relatório divulgado pela estatal.
“Nas outras áreas, o momento de plantio está diretamente relacionado à chegada das chuvas. Essa variabilidade climática é frequentemente observada em anos de El Niño, como o presente”, destacou o especialista.
A Conab revisou para baixo a estimativa de produção de milho, que agora é de 119,1 milhões de toneladas em comparação com as 119,4 milhões previstas anteriormente. Isso representa uma redução de 9,6% em relação ao recorde do ciclo anterior.
A maior quantidade de cereal produzida no Brasil ocorre na segunda safra, que será plantada no início de 2024. De acordo com a Conab, a previsão para essa safra é de 91,2 milhões de toneladas, um número praticamente igual ao da safra anterior, que foi recorde, com 102,2 milhões de toneladas.