Novo trimestre e novas notícias para a M Dias Branco (MDIA3). Os resultados no terceiro trimestre de 2024 (3T24) foram abaixo do esperado, com destaque para a diminuição das vendas, queda nos preços e aumento nos custos, resultando em um Ebitda de R$ 229 milhões.
Às 10h38 (horário de Brasília), a ação da empresa estava em queda de 11,84%, sendo cotada a R$ 22,27. O lucro líquido de R$ 125 milhões também ficou aquém das expectativas do JP Morgan em 11% e 32% abaixo do consenso.
De acordo com o JPMorgan, a redução de 7% no volume de vendas, combinada com a queda de 5,6% nos preços médios, e o aumento nos custos de produção resultaram em uma compressão de 740 pontos-base na margem bruta, justificando assim a retração nos resultados.
Os analistas do JPMorgan acreditam que a empresa ainda não conseguiu ajustar adequadamente a relação entre volume e preço, o que causou uma queda de 12% na receita.
Eles mantiveram a classificação underweight, indicando uma exposição abaixo da média do mercado, devido à perspectiva de cenários semelhantes ou piores no próximo trimestre, com dificuldades em aumentar os preços e custos em ascensão.
O Itaú BBA considerou o trimestre como decepcionante, com resultados aquém do esperado e uma divulgação menos detalhada sobre a receita, o que pode gerar uma reação negativa do mercado.
Apesar da avaliação descontada em relação à média histórica, mantiveram a classificação de market perform e preço-alvo de R$ 34 para a M. Dias, aguardando sinais de melhora na eficiência e produtividade.
A XP Investimentos avalia que a empresa reportou dados negativos no 3T24, com preços mais baixos, volumes menores, custos mais altos e diluição das despesas SG&A, mantendo uma postura negativa em relação à tese de investimento.
Já o BTG destaca que desde 2018 mantém uma recomendação neutra, observando a mudança na abordagem comercial da empresa e os desafios enfrentados para manter o poder de precificação e as margens.
Após uma recuperação de margem no ano anterior, o 3T24 foi marcado por uma queda repentina tanto nas margens quanto nos volumes.
Além disso, após mais de 18 anos, a empresa modificou a forma de divulgar informações operacionais e comerciais, buscando corrigir a queda nas margens e volumes mencionada anteriormente.