A possibilidade do fim do parcelamento sem juros no Brasil preocupa muitos. A declaração do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, durante uma audiência no Senado, trouxe à tona essa preocupante mudança, visto que essa modalidade de pagamento é preferida por grande parte da população.
A Fala que Gerou Alarde
Durante a audiência, Campos Neto explicou:
“Não é proibir [o parcelamento], é simplesmente tentar fazer com que ele fique um pouco mais disciplinado”.
A proposta do BC é estudar a cobrança de uma taxa sobre o parcelamento sem juros, um movimento que, segundo eles, serve como “incentivo” para desencorajar os consumidores de escolher essa opção.
Impacto nos Juros Rotativos
A preocupação é agravada pelo fato de que os juros rotativos do cartão de crédito atingem 437% ao ano, representando uma das taxas mais elevadas mundialmente.
Muitos acreditam que essa mudança pode exacerbar a situação, tornando o crédito ainda mais caro para o consumidor médio.
Opinião dos Consumidores
Para muitos brasileiros, o parcelamento tem sido uma ferramenta essencial para gerenciar suas finanças. Brunna Novais Cruz, analista de qualidade de 33 anos, compartilhou sua perspectiva ao R7:
“O parcelamento no cartão de crédito salva a minha vida, dá a oportunidade de ter coisas que eu não poderia comprar à vista. Uso o cartão para quase tudo, desde uma compra no mercado até para outros produtos, como cremes e maquiagens. Faço a compra e pago corretamente”.
A Inadimplência e o Desafio do Parcelamento
De acordo com o Banco Central, uma das justificativas para essa possível mudança é a contribuição do parcelamento sem juros para altas taxas de inadimplência no país.
No entanto, essa perspectiva é debatida, e muitos argumentam que o fim desta opção poderia ter um impacto negativo, fazendo com que muitos evitem usar o parcelamento.
O Debate Continua
A discussão sobre essa possível mudança está longe de terminar. O posicionamento do Sebrae e o feedback do público em geral são indicativos de que este tópico ainda estará em destaque nas próximas semanas e meses.