Autoridades norte-americanas afirmaram nesta quinta-feira que os Estados Unidos estão defendendo o direito dos palestinos deslocados em Gaza a retornarem às suas casas assim que for seguro fazê-lo. Milhares de pessoas têm fugido de ataques terrestres de Israel na região norte da Faixa de Gaza, que é controlada pelo grupo Hamas.
Israel concordou em suspender as operações militares durante quatro horas por dia ao longo de dois corredores, permitindo que civis saiam com segurança, de acordo com o porta-voz adjunto do Departamento de Estado, Vedant Patel. Patel também destacou que essa medida é resultado direto da diplomacia realizada pelas autoridades dos Estados Unidos.
O Exército de Israel deixou claro que não está de acordo com um acordo de cessar-fogo e que irá prosseguir com suas operações mesmo durante as pausas humanitárias estabelecidas.
Patel afirmou que é fundamental que aqueles que se veem obrigados a sair de suas residências tenham a possibilidade de retornar, porém ressaltou que o governo dos Estados Unidos não possui autoridade ou competência para controlar ou legislar sobre essas regiões específicas.
“Como questão de princípio fundamental, não apoiamos nem queremos testemunhar o deslocamento da população de Gaza”, declarou David Satterfield, enviado especial dos Estados Unidos para assuntos humanitários no Oriente Médio, durante um briefing online anteriormente.
As pessoas que atualmente se encontram no sul devem estar plenamente capacitadas para retornar ao norte assim que for seguro fazê-lo.
No dia 7 de outubro, homens armados do Hamas, provenientes de Gaza, atravessaram a fronteira e, de acordo com Israel, mataram 1.400 pessoas. Desde então, as forças israelenses iniciaram uma ofensiva implacável de bombardeios contra a Faixa de Gaza, onde residem aproximadamente 2,3 milhões de pessoas. Segundo autoridades de saúde palestinas em Gaza, mais de 10.000 palestinos foram mortos durante esses ataques.
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, vem discutindo com líderes israelenses e árabes sobre o futuro da Faixa de Gaza, e expressou sua opinião de que a região não deve ser reocupada por Israel, nem ser sitiada ou ter seu território reduzido. Blinken enfatizou a importância de uma governança palestina unificada, em colaboração com a Cisjordânia ocupada, para a administração de Gaza.