Quem nunca ouviu aquela famosa frase: “Quem Casa, quer Casa”?
Os nossos pais, nossos avós, que foram criados numa realidade bem mais diferente, provavelmente bem mais difícil também, tinham a percepção claríssima, desde muito cedo, que possuir um imóvel próprio, era praticamente, um marco de vida! Era praticamente um sinônimo de Vitória na Vida!
Cabe lembrar que, naquele tempo, praticamente tudo era muito mais difícil e escasso na vida cotidiana de grande parte da população.
Nos dias de hoje, em compensação, muitas dessas condições que aqueles que nos antecederam tiveram de suportar, acabaram por abrandar, por ficar menos complexas, em especial aquelas relacionadas a informações sobre uso do dinheiro, formas de melhor gerir e investir esse dinheiro, como conseguir fontes de financiamento para adquirir bens de alto valor agregado, etc.
Nesse artigo, apresentaremos a vocês, como vocês conseguirem de fato avaliar se esse dito popular citado anteriormente é algo “obrigatório” ou se existem formas eventualmente mais eficientes ou vantajosas de lidar com a questão da Moradia!
Quando iremos escolher a hipótese de financiar um imóvel, supondo que não exista a chance no momento para adquirir integralmente esse imóvel, até porque são poucos que de fato tem a possibilidade de quitar o imóvel à vista, a primeira coisa que avaliamos é: e se ao invés de financiar um imóvel, eu alugar um imóvel? Será que tem vantagens???
Essa é uma hipótese real, até porque no aluguel você não tem um compromisso de longo prazo com o imóvel. Casei? Pega uma casa maior. Separei? Pega uma casa menor. Tive filhos, pego uma casa com outra configuração.
Quero mudar para outra cidade, etc. O aluguel traz esse tipo de vantagens, mas ele não tem uma vantagem específica por si só!
Você deve fazer sempre comparações entre as 2 hipóteses (financiar ou alugar) para conseguir fazer um julgamento adequado.
Abaixo listamos algumas avaliações a se fazer:
– Você tem perspectivas de ter de mudar de cidade ou que necessite de um imóvel com configuração diferente no médio prazo?
Isso é crucial: se você tem perspectiva de mudar de cidade ou ter mais filhos ou outras mudanças na sua família que necessitarão de alterações importantes na localização ou configuração de seu imóvel, então cabe avaliar o aluguel com atenção, pois após assumir um financiamento imobiliário, conseguir alterar essas condições, ou mesmo vender o imóvel, não tende a ser algo fácil, tampouco rápido
– Você tem um montante para dar uma entrada substancial no eventual financiamento?
Por substancial, presumimos uma entrada de 30% ou mais, pois isso tende a melhorar a condição de negociação no preço final do imóvel ou a taxa de juros final do contrato.
Conseguir baixar o preço final de supostos R$ 500 mil para R$ 480 mil, por menos do que possa parecer, pode ser o equivalente a 50% dos juros de um ano de financiamento, e isso é sim um número muito relevante.
Outra vantagem de dar uma entrada substancial, especialmente em bancos privados, você consegue taxas de juros no financiamento MUITO melhores.
A massa a ser financiada é menor e, portanto, o risco do banco também é menor, o que pode gerar taxas muito mais benéficas para quem financia.
Então caso você tenha condições de dar tal entrada, e consiga de fato negociar melhor o preço de venda do imóvel e obtenha taxas de financiamento mais vantajosas, muito provavelmente essa será sua melhor opção sim, supondo que as questões de mudança de cidade ou de configuração da casa tenham sido avaliadas.
– O valor do Aluguel e do financiamento se equivalem e mesmo assim você consegue guardar dinheiro todo mês?
Se essa resposta é negativa, ou seja, valores são semelhantes, mas não sobra mais nada, então o financiamento é sim uma boa opção para você, pois o financiamento, ainda que não seja, nem de longe, a melhor forma de poupança, é sim um valor que vai sendo guardado, enquanto o aluguel não, ou seja, o financiamento funcionaria como uma poupança ineficiente, mas ainda sim, uma poupança.
O melhor dos cenários, sem sombra de dúvida, é você conseguir ter aluguel e parcela do financiamento equivalente e ainda assim, guardar um bom dinheiro todo mês.
Nessa hipótese, é bem adequado avaliar a hipótese de seguir com o aluguel, pois isso te dá uma maior liberdade de escolha, seja geográfica, seja de configuração ao longo do tempo, pois, te criará a possibilidade de comprar um imóvel quitado mais à frente, ainda que isso leve 10-15 anos, pois vale lembrar que a taxa “normal” de financiamento está em torno de 8-10% ao ano, ou seja, num financiamento de 30 anos, você pagará o valor equivalente a 3 imóveis.
Sob essa ótica, levar 10-15 anos para guardar o valor equivalente ao valor do imóvel É SIM, um potencial bom negócio!
No fim, adquirir um imóvel é um passo muito importante na vida de uma família, e se esse for o objetivo dela, o foco tem de ser em otimizar as despesas da casa para facilitar a obtenção desse bem de valor agregado tão alto, seja pela redução das despesas gerais, seja pela agregação de novas fontes de renda.
Com isso, a possibilidade é real de que você obtenha um imóvel muito bom e num prazo relativamente menor do que a grande maioria dos seus conhecidos acabaria por obter sob as mesmas condições!