Israel e Gaza chegaram a um acordo para interromper as operações militares no norte de Gaza por quatro horas diárias a partir de quinta-feira, de acordo com a Casa Branca. Essa notícia traz esperanças de uma possível trégua após mais de um mês de combates que resultaram em milhares de mortes e aumentaram o temor de conflitos regionais.
De acordo com John Kirby, porta-voz de segurança nacional da Casa Branca, as pausas são um avanço importante, uma vez que possibilitam a abertura de dois corredores humanitários e podem ser utilizadas para a libertação de reféns.
À medida que a noite avançava, não havia notícias imediatas de uma cessação das hostilidades entre os prédios destruídos no norte da Faixa de Gaza.
Houve também a ausência de uma confirmação direta por parte de Israel, que se pronunciou de maneira mais abrangente sobre medidas que se alinhavam com acordos já estabelecidos atualmente.
“Estamos implementando estratégias específicas e cuidadosas para facilitar a saída segura dos civis palestinos da cidade de Gaza em direção ao sul, de modo que não os prejudiquemos. Essas ações não comprometem nossos esforços na guerra”, declarou o Ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant.
Nos últimos dias, as forças israelenses impuseram um cerco completo à Cidade de Gaza. Nesse contexto, os militares têm permitido que os civis passem com segurança ao longo da rota principal para o sul durante um período de três a quatro horas por dia. Devido a essa situação, cada vez mais famílias estão optando por fugir.
Gallant informou aos repórteres que, por ora, não haveria um cessar-fogo completo.
“Continuaremos nossa luta até que nossos reféns sejam libertados em Gaza e nossa missão seja completada, que é desestabilizar o regime do Hamas e eliminar suas capacidades militares e de governo”, afirmou Gallant.
Taher Al-Nono, conselheiro político de Ismail Haniyeh, líder do Hamas, afirmou na quinta-feira que as negociações em andamento ainda não resultaram em nenhum acordo com Israel.
Israel iniciou sua ofensiva em Gaza em resposta a um ataque realizado pelo Hamas no sul de Israel em 7 de outubro. Durante este ataque, homens armados do Hamas mataram cerca de 1.400 pessoas, sendo a maioria civis, além de terem feito aproximadamente 240 pessoas como reféns, de acordo com informações divulgados por autoridades israelenses.
No dia de ontem, Israel vivenciou o mais trágico episódio de derramamento de sangue em seus 75 anos de história. Esses eventos desencadearam uma condenação global contra o Hamas e geraram solidariedade e apoio internacional a Israel.
A resposta de Israel no território controlado pelo Hamas levantou sérias preocupações, uma vez que está ocorrendo uma crise humanitária em andamento.
De acordo com autoridades palestinas, até quinta-feira, aproximadamente 10.812 moradores de Gaza perderam a vida, dos quais cerca de 40% eram crianças, em decorrência de ataques aéreos e de artilharia. Esses bombardeios implacáveis executados pelas forças israelenses têm causado devastação em áreas da região, além de esgotar os suprimentos básicos disponíveis.”
Na saída da Casa Branca, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, informou aos jornalistas que solicitou uma pausa de duração superior a quatro horas. Ele enfatizou: ‘Eu pedi por uma pausa de mais de três dias’.”
Quando perguntado sobre sua opinião em relação ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o presidente Joe Biden expressou sua frustração ao afirmar que a situação levou mais tempo do que ele inicialmente esperava.