Na terça-feira, os contratos futuros do minério de ferro registraram um aumento superior a 3%. Esse aumento se deu devido a Pequim estar se preparando para emitir mais dívida soberana como parte de seus esforços para impulsionar o crescimento econômico. Contudo, mesmo com essa medida, ainda persistem preocupações em relação à crise em curso no setor imobiliário chinês.
O preço do minério de ferro mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian, na China, encerrou as negociações diurnas com um aumento de 3,8%. O valor alcançou 864,50 iuanes (equivalente a 118,34 dólares) por tonelada métrica, após uma sequência de quedas em três sessões anteriores.
Acredita-se que a China implementará medidas adicionais de estímulo fiscal como forma de sustentar sua recuperação econômica. Consultores do governo sugerem que seja estabelecida uma meta de déficit orçamentário mais alta para 2024, visando permitir que Pequim emita mais títulos a fim de estimular a economia do país.
De acordo com informações obtidas pela Reuters, espera-se que a China aprove uma quantia um pouco superior a 1 trilhão de iuanes (equivalente a 137 bilhões de dólares) em emissões adicionais de dívida soberana na próxima terça-feira. Essa medida faz parte dos esforços do país para impulsionar os gastos com infraestrutura. As fontes consultadas não foram identificadas.
Na última perspectiva do grupo com sede em Bruxelas, publicada em 17 de outubro, Máximo Vedoya, presidente do comitê econômico da Associação Mundial do Aço, expressou a esperança de que a situação do mercado imobiliário chinês se estabilize na última parte do ano. Além disso, ele afirmou que a demanda por aço na China deve registrar um leve crescimento positivo, graças às medidas governamentais.