Marcando um ponto de virada histórico, a Federação Americana de Futebol (US Soccer) decidiu nivelar o campo de jogo.
A organização anunciou um acordo inédito para garantir a paridade salarial entre as seleções masculina e feminina.
Como parte do compromisso, US$ 24 milhões serão pagos como compensação a várias jogadoras, incluindo aquelas que já se aposentaram, como reparação pelos anos de disparidade salarial baseada em gênero.
Esta é uma ação revolucionária que poderia inspirar mudanças semelhantes em outras federações de futebol internacionalmente.
Essa decisão não traz apenas implicações sociais e éticas, mas também tem um potencial impacto financeiro significativo.
Espera-se que a nova política aumente a valorização das jogadoras e, assim, possa gerar mais interesse de patrocinadores e investidores no futebol feminino.
Além disso, se esta tendência de igualdade salarial se estender a outros esportes, como o basquete, pode levar a uma mudança estrutural generalizada na economia do esporte.
Avanço na Longa Batalha Pela Igualdade no Esporte
A decisão da Federação Americana de Futebol representa um marco significativo na batalha contínua pela igualdade no esporte.
Em 2019, as jogadoras da seleção americana entraram com uma ação contra a US Soccer, acusando a organização de discriminação de gênero.
Figuras proeminentes como Megan Rapinoe têm sido defensoras vocais da causa, e este acordo é um grande passo para a resolução deste conflito.
Embora este acordo seja uma vitória, o caminho a seguir ainda tem obstáculos. A implementação dos termos deste novo acordo depende da aprovação de um contrato coletivo entre as jogadoras e a Federação.
Cindy Parlow Cone, Presidente da US Soccer e ex-jogadora, já expressou sua intenção de “harmonizar” os bônus da Copa do Mundo para ambos os sexos.
A desigualdade nos bônus oferecidos pela FIFA tem sido uma questão contenciosa.
Em 2018, a França recebeu um bônus de mais de 32 milhões de euros pela vitória na Copa do Mundo masculina, enquanto a seleção feminina dos EUA ganhou apenas 3,4 milhões de euros pela vitória em 2019.
Este acordo na US Soccer poderia aumentar a pressão sobre a FIFA e outras organizações para enfrentar suas próprias desigualdades salariais.
A nova política da Federação Americana de Futebol está reformulando o cenário para o futebol feminino e pode ser uma referência para outras organizações esportivas ao redor do mundo.
Ainda há muito a ser feito para alcançar a igualdade total, mas essa decisão representa um grande avanço.