Na segunda-feira dia 10, o governo do presidente Lula, filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT), completou seus primeiros 100 dias, sendo seu terceiro mandato.
Nesse período, o governo Lula cumpriu em sua totalidade 13 das 36 promessas claramente mensuráveis feitas durante a campanha eleitoral, e parcialmente atendeu outras quatro. Ainda restam 14 promessas por cumprir e cinco que ainda não podemos avaliar.
Para celebrar a data, Lula e seus ministros apresentaram um balanço da gestão e lançaram a campanha “O Brasil Voltou”, que já estava circulando nas redes sociais desde o fim de semana.
Na publicação do vídeo, o presidente afirmou: “Estamos de volta para cuidar do povo brasileiro e é exatamente isso que estamos fazendo. Continuaremos trabalhando juntos por um Brasil com mais direitos e oportunidades”.
Declaração
Lula ressaltou: “Embora 100 dias sejam um período curto se comparados aos 1.460 dias de mandato que terei, esses dias foram suficientes para nós revertermos um cenário estarrecedor que foi identificado pelos quase mil especialistas dos grupos de transição.”
O governo federal incorporou o termo “reconstrução”, precedido da palavra-chave “união”, ao slogan, devido aos tantos problemas herdados em várias frentes.
Assim como já havia feito no primeiro discurso após vencer a eleição do ano passado, Lula reafirmou que não existe “dois Brasis” e enfatizou que não faz distinção entre seus eleitores e os de Jair Bolsonaro (PL). “Nestes primeiros 100 dias, priorizamos o que era inadiável. Começando pelo necessário, para fazer o possível e alcançar sonhos que hoje podem parecer impossíveis”, afirmou.
Feitos realizados
A questão econômica tem sido a principal fonte de turbulência no governo. Antes mesmo de tomar posse, o governo apresentou a PEC da Transição, que alterou o chamado Teto de Gastos. No entanto, a equipe econômica continua discutindo uma nova estrutura fiscal para o ajuste das contas públicas.
Embora a equipe econômica tenha apresentado as linhas gerais da iniciativa, ela ainda não enviou o projeto ao Congresso Nacional. Alguns pronunciamentos do presidente, especialmente em relação à política de taxa de juros, têm gerado críticas, com o Banco Central sendo um dos principais alvos.
Além disso, o governo realizou ajustes políticos na composição do ministério, incluindo a tentativa de consolidar uma base sólida no Congresso. Apesar de ter se aliado com o Centrão, considera-se que essa base ainda não é concreta. Além disso, espera-se o relançamento de uma versão semelhante ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Além disso, durante os primeiros 100 dias do governo, Lula retomou programas implementados em gestões petistas anteriores, como o novo Bolsa Família, Minha Casa, Minha Vida e o Mais Médicos. O presidente também se concentrou na articulação internacional, com viagens para a Argentina, Uruguai e Estados Unidos.
Nesta semana, Lula visitará a China, onde cumprirá compromissos previamente adiados, e depois seguirá para a Europa.