O Conselho de Segurança das Nações Unidas emitiu um apelo urgente nesta quarta-feira, solicitando uma interrupção imediata e prolongada dos combates entre Israel e os militantes palestinos do Hamas na Faixa de Gaza. A pausa sugerida visa permitir o acesso à ajuda humanitária, sendo necessária a duração de um período adequado de dias.
O conselho de 15 membros conseguiu superar um impasse que ocorreu no mês passado, com quatro tentativas fracassadas de ação. Eles adotaram uma resolução que também inclui um apelo pela libertação imediata e incondicional de todos os reféns mantidos pelo Hamas.
Na quarta-feira, os Estados Unidos, a Rússia e o Reino Unido decidiram se abster na votação da resolução preparada por Malta, no Conselho. Esses países têm poder de veto nesta situação. Dos 12 membros restantes, todos votaram a favor.
A tentativa de última hora da Rússia de alterar a resolução para incluir um apelo por uma trégua humanitária imediata que encerrasse as hostilidades acabou em fracasso.
O impasse no conselho tem sido focado na questão de decidir entre uma pausa humanitária ou um cessar-fogo. Uma pausa é vista como uma medida menos formal e de duração mais curta do que um cessar-fogo, que requer um acordo entre as partes em conflito. Os Estados Unidos têm apoiado as pausas, enquanto a Rússia tem defendido a implementação de um cessar-fogo.
Na quarta-feira, a resolução aprovada não inclui uma condenação das ações do Hamas, gerando divergências com os Estados Unidos e o Reino Unido, que são aliados de Israel.
Em um comunicado recente, o conselho fez um apelo urgente por “pausas e corredores humanitários em toda a Faixa de Gaza por um período de dias suficiente para permitir um acesso completo, rápido, seguro e desimpedido”. A situação em Gaza tem se deteriorado rapidamente, com a população enfrentando sérias dificuldades e uma crise humanitária cada vez mais grave.
Essas pausas e corredores humanitários são essenciais para garantir que a ajuda chegue às pessoas que mais precisam. É crucial que os sinais de alerta sejam ouvidos e que medidas sejam tomadas imediatamente para aliviar o sofrimento dessa população. O acesso humanitário não deve ser comprometido de forma alguma, e é responsabilidade de todas as partes permitir que a ajuda chegue aos necessitados de maneira rápida e segura.
Além disso, essas pausas e corredores humanitários devem ser estendidos por tempo suficiente para garantir que a assistência possa ser efetivamente entregue. Um período de tempo adequado é crucial para que a ajuda possa ser distribuída de maneira eficiente, alcançando as pessoas que mais precisam.
O acesso humanitário completo também deve ser desimpedido, sem obstáculos ou impedimentos que possam atrasar ou restringir a entrega da ajuda. A prioridade deve ser dada à segurança das equipes de ajuda e garantir que elas possam operar livremente e com eficiência.
É imperativo que todas as partes envolvidas na situação em Gaza reconheçam a gravidade da crise humanitária em curso e cooperem para garantir um acesso adequado à assistência para a população afetada. Essas pausas e corredores humanitários são uma medida vital para aliviar o sofrimento e garantir que a ajuda chegue onde é mais necessária. A urgência deve ser levada a sério, e a ação deve ser tomada imediatamente para implementar essas medidas.
Esta foi a quinta iniciativa do conselho para tomar medidas desde que os combatentes do Hamas atacaram Israel em 7 de outubro, resultando na morte de 1.200 pessoas e no sequestro de 240 reféns. Israel declarou sua intenção de neutralizar o Hamas, que governa Gaza, através de ataques aéreos no território que abriga 2,3 milhões de habitantes, impondo um bloqueio e lançando uma invasão com soldados e tanques.
No texto adotado na quarta-feira, foi estipulado que é necessário cumprir a lei internacional, com foco na proteção de civis, sobretudo crianças. Além disso, todas as partes envolvidas são requisitadas a não privar os civis de Gaza de serviços essenciais e da ajuda humanitária necessária para sobrevivência, enquanto se recebe com satisfação as primeiras e limitadas entregas de auxílio, solicitando sua expansão.
No mês passado, o impasse do Conselho de Segurança da ONU levou à adoção de uma resolução pela Assembleia Geral da ONU. Esta assembleia, composta por 193 membros, aprovou em 28 de outubro uma resolução redigida por Estados árabes. A resolução exigia uma trégua humanitária imediata e acesso à ajuda humanitária para a Faixa de Gaza, além de proteção aos civis. A resolução recebeu 121 votos a favor.