O atual Ministro da Educação, Camilo Santana, confirmou em uma entrevista à GloboNews, um pedido feito ao INSS e à Receita Federal, sinalizando mais uma mudança por parte do Ministério da Educação (MEC).
Desde que assumiu a posição, Santana tem proposto várias alterações e melhorias. A mais recente delas foi a decisão de encerrar o programa de escolas cívico-militares.
Agora, com esse pedido ao INSS e à Receita Federal, indica-se uma nova direção em potencial para os programas sob responsabilidade do MEC. Saiba mais sobre essa situação!
O crescente problema da inadimplência no FIES
Durante o auge do Fundo de Financiamento Estudantil (FIES), o programa chegou a firmar 700 mil novos contratos. Contudo, agora, apenas 50 mil novos acordos são estabelecidos por ano.
Um dos motivos para essa redução é a mudança na política do FIES, que deixou de financiar a totalidade do curso.
A isso, soma-se o elevado endividamento do programa. Esses são os desafios que têm ocupado o tempo do atual ministro da Educação.
Em suas palavras, “O Fies deixou de ser um programa social para ser um programa financeiro. (…) O FIES vai voltar a ser um programa social e vai ter um novo programa de renegociação das dívidas porque grande parte [dos alunos] estão endividados”.
Entretanto, antes de introduzir esse ‘Fies Repaginado’, uma análise detalhada precisa ser realizada. Portanto, o MEC solicitou dados ao INSS e à Receita Federal.
O ministro esclareceu: “O que fizemos: pedimos os dados do INSS e da Receita Federal para cruzar informações porque nem as informações a gente tinha em relação ao tipo da dívida, ao tipo de devedor, para saber se essa pessoa não pagava porque não queria ou porque não podia“.
Isso indica que o MEC está buscando compreender se os beneficiários do FIES estão inadimplentes por estarem recebendo, por exemplo, auxílios do INSS.
Ainda não há previsão para quando esse novo modelo estará disponível, mas as informações apontam que o novo FIES deve voltar a financiar 100% do curso e permitir a renegociação dos valores em atraso até dezembro de 2022.