“Na sexta-feira, Elon Musk anunciou que a plataforma de mídia social X, anteriormente conhecida como Twitter, em breve lançará dois novos níveis de assinaturas premium.”
Em uma publicação nas redes sociais, Elon Musk explicou que existem duas opções disponíveis. A primeira opção é mais acessível em termos de custo e oferece todos os recursos, no entanto, não possui redução de anúncios. Já a segunda opção é mais cara, mas não possui nenhum tipo de propaganda.
Desde que assumiu a plataforma em outubro de 2022, Musk tem se dedicado a impulsionar a receita, implementando cobranças aos usuários e trabalhando para atrair anunciantes que haviam parado de comprar anúncios. Essa reação por parte dos anunciantes ocorreu após Musk demitir a maioria dos funcionários e dissolver as equipes responsáveis pela moderação de conteúdo.
Elon Musk reconheceu que houve uma diminuição na receita da plataforma e atribuiu isso à pressão exercida por ativistas sobre os anunciantes.
“Embora não tenha oferecido mais informações sobre os planos de assinatura premium, um recente teste da plataforma indicou algumas limitações para usuários que não desejam pagar pelo serviço.”
A plataforma de mídia social decidiu implementar uma taxa de 1 dólar para os novos usuários em dois países distintos, a Nova Zelândia e as Filipinas, como parte de um experimento.
De acordo com informações divulgadas pela empresa em seu site, os novos usuários que não desejam assinar o serviço terão acesso apenas a ações de “somente leitura”. Isso significa que eles serão capazes de ler publicações, assistir a vídeos e seguir contas, mas não poderão realizar outras interações na plataforma.
O X introduziu um método de assinatura em sua plataforma com o objetivo de diminuir a incidência de spams, manipulação da plataforma e atividade de bots. Essa nova abordagem busca garantir uma experiência mais autêntica e confiável para os usuários.
Outras empresas líderes no setor de tecnologia também têm explorado a combinação de modelos de assinatura e suportados por anúncios em suas estratégias.
Embora o Youtube, da Alphabet, ofereça planos tanto pagos quanto gratuitos com anúncios, diferentemente da Netflix, que cobra por seus planos com suporte de anúncios, porém a um preço menor.
O YouTube e o X são plataformas que contam com conteúdo gerado pelos usuários. Ambos compartilham uma porcentagem da receita com os criadores. No caso do YouTube, essa parte da receita é proveniente das assinaturas pagas pelos usuários. No entanto, não foi divulgado se os criadores de conteúdo no X serão remunerados em modelos de assinatura sem anúncios.
No intuito de gerar receita, Elon Musk iniciou uma estratégia que consistia na cobrança mensal de 8 dólares pelo serviço de assinatura do “selo azul”, além de oferecer descontos para empresas que desejavam anunciar na plataforma.
Entretanto, à medida que a empresa começou a enfrentar críticas em relação à falta de moderação de conteúdo, os anunciantes passaram a evitar que seus anúncios fossem exibidos ao lado de conteúdos inadequados.
A Comissão Europeia recentemente deu início a uma investigação em relação ao X, a fim de avaliar se a plataforma está cumprindo as novas regulamentações tecnológicas sobre conteúdo ilegal e prejudicial.
Essa medida foi tomada após a disseminação de desinformação em sua plataforma, especialmente em relação ao ataque do Hamas a Israel.