Na quarta-feira, a Bolsa de Valores de Rosário (BCR) divulgou uma revisão para baixo na estimativa de produção de trigo da Argentina para a safra 2023/24. A previsão anterior de 14,3 milhões de toneladas foi reduzida para 13,5 milhões de toneladas. Essa revisão se deve ao impacto negativo das condições climáticas adversas durante a temporada.
A Argentina desempenha um papel fundamental no mercado global de trigo e é um dos principais provedores desse cereal para o Brasil. Nas últimas semanas, as principais áreas agrícolas do país tiveram chuvas significativas e muito necessárias, após meses de seca.
No entanto, de acordo com um relatório divulgado mensalmente pela Bolsa de Rosário (BCR), as chuvas chegaram tarde demais para muitas áreas produtoras na Argentina, não sendo capazes de compensar a seca que ocorreu em grande parte do país até 20 de outubro, juntamente com o impacto das geadas tardias.
Assim, a produção de trigo na Argentina seria apenas ligeiramente maior do que na temporada 2022/23, quando atingiu 11,5 milhões de toneladas, de acordo com a BCR. É importante lembrar que essa temporada foi prejudicada pela pior seca já registrada no país.
Na temporada 21/22, a Argentina conseguiu obter uma colheita de 23 milhões de toneladas de trigo, sendo essa a última campanha que não sofreu com a escassez de chuvas.
“Milho e soja: uma combinação poderosa na agricultura”
O milho e a soja são duas das culturas mais importantes no setor agrícola. Ambos desempenham um papel fundamental na produção de alimentos, rações para animais e biocombustíveis.
O milho é um grão rico em amido e carboidratos, sendo utilizado principalmente como alimento para animais, produção de bioetanol e como ingrediente em diversos produtos alimentícios como óleos, xaropes e amidos. Além disso, o milho também é utilizado como base para a produção de ração animal, sendo uma fonte de energia e nutrientes essenciais.
Já a soja é uma leguminosa que possui alto teor de proteína e óleo. É amplamente utilizada na alimentação humana e animal, sendo um dos principais ingredientes na produção de ração para animais como aves, suínos e bovinos. Além disso, a soja também é utilizada na produção de óleos vegetais, leite de soja, tofu e uma variedade de produtos alimentícios.
A combinação do milho e da soja é muito vantajosa na agricultura. Ambas as culturas possuem ciclos de crescimento complementares, permitindo o cultivo sucessivo em uma mesma área. A soja, por exemplo, é plantada no verão e colhida no outono, enquanto o milho é plantado na primavera e colhido no verão. Essa rotação de culturas contribui para o aumento da produtividade e a preservação da fertilidade do solo.
Além disso, a soja possui uma característica interessante, ela é capaz de fixar nitrogênio do ar através de bactérias presentes em suas raízes. Esse nitrogênio fixado é liberado no solo e utilizado tanto pela soja quanto pelo milho, reduzindo a necessidade de adubação nitrogenada. Essa simbiose entre as plantas contribui para a redução dos custos de produção e para a sustentabilidade ambiental.
A interação entre o milho e a soja não se resume apenas ao campo. Ambas as culturas possuem uma cadeia produtiva bem estabelecida, com indústrias de processamento e setores de comercialização. A soja é utilizada na fabricação de diversos produtos como óleos vegetais, margarinas, tofu e ração animal. Já o milho é utilizado na produção de bioetanol, ração animal, amidos e diversos alimentos processados.
Em suma, o milho e a soja são culturas essenciais para a agricultura e desempenham um papel vital na produção de alimentos, rações para animais e biocombustíveis. Sua combinação na rotação de culturas e sua interação na cadeia produtiva trazem benefícios econômicos e ambientais. É uma parceria poderosa que contribui para a sustentabilidade e o sucesso do agronegócio.
No entanto, as recentes chuvas beneficiaram a produção de soja e milho na Argentina, o que possibilitou que os agricultores começassem a semear a soja e melhorassem a condição dos lotes onde o milho foi semeado, de acordo com a BCR.
Segundo o relatório mensal da BCR sobre grãos, as estimativas para a safra de soja e milho na Argentina permanecem em 50 milhões e 56 milhões de toneladas, respectivamente.