
Os juros futuros registram uma queda significativa nesta manhã de quinta-feira (27), acompanhando o movimento observado no câmbio, em sincronia com a desvalorização do dólar. Esse comportamento é resultado de uma sessão anterior, na quarta-feira (26), onde os juros encerraram em alta. Este cenário destaca a elevada sensibilidade do mercado a eventos e dados econômicos, bem como a mudanças abruptas no ambiente global, sublinhando a interconexão entre diferentes segmentos do mercado financeiro, o que é intensificado por respostas rápidas às variações nas condições externas e internas.
Os investidores estão atualmente imersos no processamento das informações reveladas pelo Relatório Trimestral de Inflação (RTI), que foi liberado logo no início da manhã. O relatório apresentou uma perspectiva mais otimista em relação ao crescimento econômico futuro, revisando para cima a estimativa do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para o ano de 2024. A previsão foi elevada de 1,9% para 2,3%, sinalizando expectativas de uma economia mais robusta e aquecida. Além disso, o documento sublinhou um hiato do produto mais comprimido para este ano, ajustando a previsão de -0,6% para -0,4%. Esta revisão sugere uma utilização mais eficaz e eficiente da capacidade instalada da economia, o que pode refletir uma aceleração potencial na atividade econômica e um maior dinamismo nos setores produtivos.
Às 9h16, a taxa do contrato de depósito interfinanceiro (DI) para janeiro de 2025 atingia uma mínima de 10,590%, em comparação com o patamar de 10,622% marcado no ajuste anterior, evidenciando um movimento de alívio na curva de juros à vista. Simultaneamente, o DI para janeiro de 2027 registrava uma mínima de 11,570%, baixando dos 11,652% registrados anteriormente, enquanto o contrato de janeiro de 2029 era cotado a 12,010%, uma variação do nível de 12,070% associado ao ajuste prévio. Estes ajustes nas taxas refletem o impacto notável das expectativas dos investidores em relação às políticas econômicas e monetárias em vigor, além de suas respostas às novas previsões de crescimento econômico e aos cenários inflacionários. Essa dinâmica evidencia ainda mais como as expectativas e percepções dos investidores sobre o ambiente econômico atual desempenham um papel crucial no ajuste das taxas de juros, interiorizando mudanças nas perspectivas de crescimento e inflação.