Iglesias destaca a importância de manter a boa condição das pastagens ao longo do mês de abril, devido à previsão de volumes significativos de chuva no centro-norte do Brasil. Isso fará com que os pecuaristas mantenham os animais por mais tempo no campo.
O analista de Safras & Mercado, Fernando Iglesias, ressalta que os pecuaristas têm adotado uma postura mais conservadora na comercialização, reduzindo a oferta disponível. Isso contribuiu para uma recuperação dos preços em alguns estados ao longo da semana. O mercado do boi gordo registrou uma tendência mais lateralizada durante a semana e a previsão é de um desgaste maior nas pastagens somente entre os meses de maio e junho.Confira os preços da arroba do boi gordo em algumas regiões:
- São Paulo (Capital) – R$ 230 a arroba, estável em relação à semana anterior.
- Goiás (Goiânia) – R$ 215 a arroba, queda de 1,38% em relação ao encerramento da última semana, que era de R$ 218.
- Minas Gerais (Uberaba) – R$ 225 a arroba, sem alterações em relação à semana passada.
- Mato Grosso do Sul (Dourados) – R$ 225 a arroba, com aumento de 2,27% em comparação aos R$ 220 praticados na última semana.
- Mato Grosso (Cuiabá) – R$ 214 a arroba, registrando um aumento de 0,48% em relação aos R$ 213 praticados na semana anterior.
No mercado atacadista, os preços apresentaram alta ao longo da semana, indicando a continuidade desse movimento no curto prazo. Iglesias ressalta que a carne de frango ainda é a preferida por uma parcela significativa da população brasileira, o que pode intensificar a concorrência entre as proteínas.
O quarto traseiro do boi teve uma alta de 1,41% durante a semana, passando de R$ 17,75 para R$ 18,00 por quilo. Já o quarto dianteiro foi cotado a R$ 14,00 por quilo, apresentando um aumento de 4,48% em relação aos R$ 13,40 praticados na semana passada.Em relação às exportações, a carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil rendeu US$ 245,163 milhões em abril (considerando 5 dias úteis), com uma média diária de US$ 49,032 milhões.
O país exportou um total de 54,698 mil toneladas, com média diária de 10,939 mil toneladas. O preço médio por tonelada ficou em US$ 4.482,10.Comparando com abril de 2023, houve um aumento de 25,9% no valor médio diário das exportações, um crescimento de 78,8% na quantidade média diária exportada e uma desvalorização de 6,1% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.