Trabalhadores da Volkswagen na Alemanha ameaçaram entrar em greve se a administração da companhia mantiver o plano de fechar fábricas no país.
Paralelamente, a Volkswagen anunciou uma queda de 42% no lucro do terceiro trimestre, atingindo o nível mais baixo em três anos.
A montadora divulgou seus resultados enquanto debatia com sindicatos sobre salários e o futuro da empresa, alegando pressão por custos mais altos e fraca demanda, buscando mudanças para competir com rivais asiáticos.
Os representantes dos trabalhadores acusam a gerência de decisões equivocadas, denunciando planos de fechar três fábricas na Alemanha, demissões em massa e cortes salariais. O sindicato exige aumento de 7% nos salários e critica a Volkswagen por comprometer a confiança dos funcionários.
O diretor financeiro destacou a necessidade de redução de custos, confiando em um acordo com os trabalhadores.
Contudo, não descartou greves diante dos mais de 10 bilhões de euros em cortes planejados. Há um plano de recuperação na China visando retomar participação no mercado em 2026 ou 2027.
O governo alemão busca manter as fábricas abertas, mas ainda não decidiu sobre ajuda estatal à companhia. A Volkswagen enfrenta queda nas vendas na Europa e na China, sofrendo impacto da concorrência de modelos mais baratos.
A chefe do conselho de trabalhadores ameaçou interromper negociações, alertando para a possibilidade de fechamento das fábricas, o que seria inédito em 87 anos. A empresa alega custos mais altos de operação das fábricas alemãs em comparação com concorrentes.
Os cortes previstos são vistos como decisões difíceis, preocupando os funcionários com o futuro. O impasse entre administração e trabalhadores evidencia as tensões presentes na Volkswagen e a necessidade de encontrar soluções para garantir a sustentabilidade da empresa no mercado automobilístico.