Nesta segunda-feira, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, anunciou que o Brasil vai defender na COP 28 uma aceleração no cumprimento das metas ambientais por parte dos países desenvolvidos. Além disso, a ministra ressaltou a importância de parcerias com os países em desenvolvimento para permitir avanços mais rápidos nas medidas de contenção das mudanças climáticas.
Em uma entrevista à imprensa internacional, Marina Silva destacou a necessidade de ações conjuntas e comprometimento de todas as nações para enfrentar esse desafio global.
Na Conferência das Partes (COP), será proposto a criação de um corredor de velocidade, no qual países que possam avançar mais rapidamente possam fazer isso. A ministra explicou que essa proposta é apoiada por várias nações.
“Estamos levando em consideração que aqueles que têm condições de caminhar mais rápido assim o façam, pois não seria justo que eles exijam que países mais pobres caminhem no mesmo ritmo”, argumentou. ”
A proposta inclui a ideia de estabelecer parcerias entre países desenvolvidos e em desenvolvimento para apoiar ações de mitigação e combate às mudanças climáticas. A intenção é que essa assistência possa ser oferecida de várias maneiras, como por meio da abertura de mercados, de parcerias tecnológicas ou até mesmo de recursos financeiros.
“A ministra expressou que o mecanismo é intrigante, pois mantém a ideia de responsabilidades distintas, porém, permite que aqueles capazes de expandir e acelerar suas responsabilidades encontrem os recursos necessários para fazê-lo.”
Na próxima semana, em Dubai, durante a Conferência das Partes (COP), o governo brasileiro anunciará uma série de medidas para cumprir e acelerar suas próprias metas ambientais. Uma das principais propostas é a recuperação de terras degradadas.
O governo está implementando um plano para revitalizar pastagens degradadas ao financiar a mudança do uso dessas áreas para a produção de cultivos agrícolas. Com medidas como o plantio direto, essas lavouras podem contribuir significativamente para o sequestro de carbono.
O Ministério do Meio Ambiente (MMA) também está propondo uma nova iniciativa para as áreas de florestas, visando atingir a meta de recuperação de 12 milhões de hectares até 2030. A Ministra do Meio Ambiente afirmou que essa proposta inclui a restauração de áreas naturalmente degradadas, assim como o replantio de áreas com espécies nativas. Para isso, o MMA está considerando a concessão de projetos agroflorestais como uma possibilidade.
A ministra destacou que existem aproximadamente 7 milhões de hectares de terras que estão abandonadas há mais de seis anos e são ideais para projetos de restauração natural.