O mercado revisou para baixo novamente suas projeções de inflação para este ano, agora abaixo do limite máximo estabelecido como meta, de acordo com a pesquisa Focus divulgada hoje pelo Banco Central.
De acordo com os especialistas consultados pelo Banco Central, houve uma revisão para baixo na projeção de alta do IPCA em 2023, passando de 4,63% para 4,59% em relação à pesquisa anterior. Já para 2024, houve um ajuste de 0,01 ponto percentual para cima, agora projetando um crescimento de 3,92%. Por outro lado, as expectativas para 2025 e 2026 permaneceram inalteradas, em 3,50%.
De acordo com a meta oficial de inflação, estabelecida para o ano de 2023, espera-se que o índice seja de 3,25%. Já para os anos de 2024, 2025 e 2026, a meta é de 3,00%, sempre com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
A revisão acontece devido aos dados abaixo do previsto para o aumento do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de outubro. A redução do preço da gasolina compensou o aumento no preço das passagens aéreas, fazendo com que a taxa de inflação desacelerasse para 0,24% em outubro, em comparação com 0,26% no mês anterior. A taxa de inflação acumulada nos últimos 12 meses ficou em 4,82%.
De acordo com uma pesquisa que avalia a percepção do mercado em relação aos indicadores econômicos, as projeções para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) se mantiveram estáveis. Para este ano, espera-se um crescimento de 2,89%, enquanto para o próximo ano a estimativa é de 1,50%.
De acordo com uma pesquisa recente realizada com uma centena de economistas, as previsões para a taxa básica de juros Selic indicam que ela deve se manter em 11,75% para o ano de 2023 e reduzir para 9,25% no ano seguinte, em 2024.